domingo, 20 de dezembro de 2009

Há que vens?

Sem nenhuma intenção de polemizar questões religiosas, mesmo por que temos obrigação de respeitar as opções sacramentais de nossos semelhantes, sem sombra de dúvidas uma pergunta que não se cala é: Onde está Deus? E a causa é óbvia. Não se tem resposta concreta ou objetiva, apenas a fé!

Atualmente existem mais de duas mil crenças religiosas espalhadas pelo mundo e todas acreditam que o seu Deus é o verdadeiro.

Já no campo da ciência existem duas teorias básicas, a Evolucionista e a Criacionária; e a partir delas várias outras ramificações em busca de uma concepção clara da questão.

Partindo do princípio bíblico, livro judaico que deu origem as três religiões predominantes, há um tanto de milênios atrás, Deus nos envio através de Moises, duas tábuas com apenas dez leis que deveriam reger a conduta moral do ser humano e assim encontrar o criador.

Tempos depois surgia a presença de Jesus de Nazaré que não só referendava como filho de Deus estas leis, como pregava uma maneira mais simplista de executa-las. Cumprindo apenas duas (Amar a Deus sob todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo) estaríamos na essência atendendo as restantes e conseqüentemente atingindo o encontro com o divino.

Pois bem, de lá para cá o mundo evoluiu. As tribos viraram aldeias, que tornaram se feudos, que por sua vez transformaram em impérios e, por conseguinte nações. E todas sem exceção têm uma Constituição Federal, alem de muitas normas estaduais e tantos outros códigos municipais.

Se considerarmos o montante de países, estados e municípios no planeta, estaremos falando numa quantia aproximada de cento e cinqüenta milhões de leis elaboradas no intuito único de criar uma convivência pacifica e fraternal para a humanidade.

Ora, se não conseguimos nestes últimos dois mil anos, executarmos míseras duas leis nos trazidas por Deus encarnado, como poderemos então cumprir tantas outras organizadas pelos simples e pecadores mortais?

Por que insistimos em querer que Deus venha em carne e osso e coloque um pouco de ordem nesta baiúca? Ou como disse Castro Alves em seu poema Vozes d’África: “Deus, Deus; Onde estais que não me escutas?” Por que não paramos de transferir para as mãos de Deus as obrigações que são exclusivamente nossas?

Um amigo me disse certa vez que Deus e o Diabo habitam a mesma morada, e o melhor, ele sabia onde era este lugar. Curioso, quis eu saber o local, ao que ele informou que diariamente ao fazer a barba pela manha enxergava-os no espelho. Eles moravam dentro dele e sempre naquele momento era a ocasião de decidir qual seria solto e qual ficaria aprisionado durante o dia.

Ele estava certo. Cristo já nos alertava para isso quando citou que Deus esta dentro de cada um de nos. E se ele esta, podem estar certos que os demônios também estão. Cabe a cada um optar por qual dos dois vai deixar reger sua vida. Perceberam que eu disse “deixar reger”? Porque temos o livre arbítrio e podemos escolher alem de presidente, governador e prefeito, que tipo de pessoa vamos ser. Se deuses ou demônios.

Podemos escolher ser o Deus que tem sempre uma palavra de afeto e acolhedora para o companheiro de jornada ou ser o diabo que não está nem aí para o próximo e acredita que sé ele tem de levar vantagem.

Podemos escolher ser o Deus que busca sempre temporizar os conflitos alheios ao nosso redor para criar uma atmosfera de harmonia durante nossa caminhada pela vida ou ser o diabo que fomenta a discórdia, a calúnia e a intriga para através delas alcançar benefícios próprios e saciar sua ganância e cobiça.

Podemos escolher ser o Deus que apesar da cólera interna, mantêm a paz exterior e busca discernimento nas palavras do Cristo, para não transferir para seus próximos a culpa pelos seus infortúnios ou ser o diabo que não possui nenhum respeito pelo sentimento do semelhante e só trata seus pares com desprezo, arrogância e prepotência, se achando superior a todos e exclusivo dono da verdade absoluta.

Lembre-se sempre que a existência do mal esta ligada a nossa rejeição ao bem. Em outras palavras, o diabo só se manifesta em nos, quando damos férias a Deus.

Seu livre arbítrio lhe da esta alternativa, mas só existe um porem: Se tal como no xadrez, o peão e o rei no final do jogo retornam para a mesma caixa, também ao cabo de nossa trajetória terrena teremos de conviver com aquilo que escolhemos e aí, ou vamos viver no paraíso da alma ou no inferno do remorso.

A escolha é sua e você vai ter de encarar... Espero que seja feliz em sua decisão!

Que JC ilumine.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

"Quis custodiet ipsos custodes?"

A citação do pensador romano Juvenal (55–127dC.), o mais conhecido dos poetas satíricos, agita a questão de quem pode ser confiável com poder nas mãos e nos faz um questionamento: "Quem guardará os guardiões?" ou "Quem vigia os vigilantes"? Afinal o poder corrompe o coração, como o vinho inebria até as mentes mais sábias.

Todas as suas sátiras apontam uma profunda antipatia contra o sistema totalitário e demonstra quanto é prejudicial e permissivo há cidadania, pois resulta no fim da constituição republicana.

Suas famosas palavras alertam que as pessoas comuns, ao contrario de cuidar da sua liberdade, estão apenas interessadas em "pão e circo" ou seja alimentação e entretenimento. Este produto é ofertado hoje aos brasileiros por governos demagogos, através de uma política populista para ludibriar o cidadão e se perpetuar no poder.

Os mesmos governantes que se elegeram através do regime democrático, e posteriormente com a desculpa de conservá-lo começam a solapar o sistema com atitudes socialistas como descreveu o economista Robert Campos, “socialista é o cara que alardeia intenções e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros..."

Foi assim o inicio de tiranos como Fidel Castro e atualmente Hugo Chavez. Se auto-intitulam os guardiões da liberdade e pregam a necessidade de uma maior autonomia para governar. Calam a impressa, fazem alianças objetivando o clientelismo, deliberam sem importar de dar explicações de suas ações à população e finalmente passam a tratar a oposição como inimigos do estado.

As idéias igualitárias do socialismo sempre conquistaram muitos adeptos, entretanto, na maioria absoluta das vezes, estes mesmos ideais são corroídos pela própria natureza humana e resultando em despotismo. Inexoravelmente a utopia conquista através das emoções, mas na hora dos resultados, a irracionalidade cobra um elevado preço, com juros estratosféricos.

É do que trata o pequeno/grande livro satírico do escritor indiano George Orwell (1903-1950), “A Revolução dos Bichos”, escrito em 1944. A obra desnuda o modelo soviético, fazendo um retrato muito fiel através de bichos do que ocorre de fato com aqueles que renunciam à liberdade em troca de promessas de segurança e terminam sem ambas.

Conta-se que em 390 a.C., os romanos escaparam a uma invasão do exército gaulês porque os gansos que viviam em um dos templos de Roma foram mais espertos do que os sentinelas e começaram a grasnar ao pressentir a aproximação dos soldados inimigos, acordando a guarda romana. É verdade que o trabalho do ganso como vigilante se resume à gritaria, mas é o suficiente para estragar os planos de invasões em surdina.

Atos pequenos denunciam propósitos gigantes. No ultimo 15 de Novembro foi feriado nacional: Dia da Proclamação da República. Não houve nenhuma comemoração. Nenhum pronunciamento oficial. Nenhuma instituição sindicalista ou partidária da esquerda se manifestou. Passou em brancas nuvens...

Em Dezembro, em todo o ocidente comemora-se o Natal, porem na Índia não. Eles são Hindus e não Cristãos. Por que iriam comemorar algo que não acreditam?

Que JC ilumine!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E continua falando Zaratustra...

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) buscou em seu livro “Assim falava Zaratrusta” definir a melhor maneira do ser humano encontrar-se. Embora ateu confesso e afirmar que Deus tenha morrido, curiosamente através de seu personagem, fundamenta sua busca mesmo que inconscientemente na essência dos ensinamentos Cristãos. A obra consagra a comunhão com o superior, a união com um Deus que não seja o tradicional, da religião dogmatizada, mas o próprio homem sublimado pelo bem, pela fraternidade, pelo amor, pelo respeito que lhe permite a evolução constante através de sua reforma intima. Zaratustra prega que devemos entrar em sintonia com a paz e a arte de ver a própria alma, a ponto de superar-se a si mesmo.

Outro exemplo é a seguinte estorinha: Em certo reino, em tempos que já vão longe, o monarca solicitou aos pintores da corte uma obra que representasse a paz, a serenidade, a tranqüilidade. O primeiro pintou uma floresta primaveril, com um celeste maravilhoso acompanhado de um sol radiante. Já o segundo utilizou o mesmo cenário, porem durante uma tempestade avassaladora, com o céu cheio de raios.

O rei ao decidir qual dos quadros mais alinhava com seu pedido, espantosamente escolheu a segunda tela por um pequeno detalhe. O artista ao criar a obra, pintou no meio daquele vendaval, um ninho aconchegado em uma fenda na montanha onde um pássaro calmamente chocava seus ovos, completamente indiferente ao cenário caótico que se passava do lado de fora.

Ele tinha a tranqüilidade de espírito de estar cumprindo sua função naquele momento e mais que isso, a certeza que aquilo passaria e que o sol brilharia novamente.

Assim também é conosco se estivermos tranqüilos em nosso espírito. Independente daquilo ou daquele que queira nos prejudicar. Se ficarmos fora de sua sintonia, em uma freqüência mais alta e diferente, não poderá nos atingir... Mantenha sua paz interior e o mundo será seu!

Já o poeta e dramaturgo Antonio Carlos Vieira, com a singeleza que poucos possuem sintetizou este sentimento em seu alento intitulado A PEDRA:

"O distraído nela tropeçou; O bruto a usou como projétil; O empreendedor, usando-a, construiu; O camponês, cansado da lida, dela fez assento; Para meninos, foi brinquedo; Drummond a poetizou; Já, Davi, matou Golias, e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!”
A diferença em sua vida é você mesmo que faz! Cabe a você aproveitar o melhor de cada pedra que encontrar em seu caminho. Pertence somente a você buscar o discernimento para encontrar o melhor proveito de cada uma delas. Espelhe no exemplo vivo de Jesus a melhor opção...

Que JC ilumine!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ORIGEM DIVINA

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu dar-lhes apenas duas virtudes assim:
- Aos Suecos os fez estudiosos e respeitadores da lei.
- Aos Ingleses, organizados e pontuais.
- Aos argentinos, chatos e arrogantes.
- Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.
- Aos Italianos, alegres e românticos.
- Aos Franceses, cultos e finos.
- Aos Brasileiros, inteligentes, honestos e petistas...
O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém, aos brasileiros foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação aos demais povos da terra?
- Muito bem observado, bom anjo! Exclamou o Senhor.
- Façamos então uma correção: De agora em diante, os brasileiros, povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultâneamente, como os demais povos!
- Assim, o que for petista e honesto, não pode ser inteligente
- O que for petista e inteligente, não pode ser honesto.
- E o que for inteligente e honesto, não pode ser petista!
Palavras do Senhor...
Que JC ilumine!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quo vadis domine?

Conta uma poética lenda, que quando se deu a primeira perseguição aos cristãos em Roma, o apostolo Pedro resolveu deixar a cidade para evitar a morte. Já a alguns quilômetros na via Ápia, apareceu-lhe Cristo carregando sua cruz, indo em direção oposta. E o apostolo perguntou-lhe: “Quo vadis domine?” (Aonde vais, Senhor?)

Ao que Jesus lhe teria respondido: -“Vou a Roma, para ser de novo crucificado, visto que tu a abandonas e ao meu rebanho”. E Pedro, compreendendo seu erro, e arrependido, retornou a Roma para pregar a boa nova.

Essa história pode não ter acontecido, porem a lição aconteceu, algumas vezes, e teima em se repetir constantemente. Sendo que sua ultima versão é a debandada de defensores da honestidade e transparência de nossas instituições publica. Faltam homens de bem com respeito aos bons costumes e consciência Cristã. Urge que cada um de nos comecemos a cobrar uma postura de moralidade das autoridades e governantes deste país, começando por nos mesmos no exemplo de nossa reforma íntima.

Não podemos esquecer que cada qual tem sua parcela de responsabilidade e somos todos semeadores do futuro. Cristo nos alertou que colhemos o que plantamos. Pois bem, plantemos o exemplo da decência, Sejamos caridosos sem sermos complacentes para que não nos tornemos cúmplices da disparidade do caráter.

É necessário iniciarmos a batalha pacífica da intolerância as posturas incorretas. Chega de muito barulho por nada, paráfrase do título do livro de William Shakespeare (1564-1616), homem sem arrogância e grandes pretensões, mais um grande conhecedor da natureza humana. Nesta obra narra-se a visita do Rei de Aragão a Sicilia. Leonato, governador da região, recebe o rei, que vem acompanhado de seus homens de confiança, Benedito e Cláudio. Arredio às mulheres e ao casamento, Benedito chama a atenção da implicante Beatriz, sobrinha do governador. Eles se apaixonam, mas não se dão conta disso, pois vivem trocando farpas. Uma historia cômica de intrigas, traições, ambição e amor, cheia de lances inesperados, mostrando o quanto pode ser ruim, fazer-se tempestade em copo d água.

Façamos como cita Paulo de Tarso em Timóteo II 4.7 e combatamos identicamente o bom combate da injustiça e da ganância, caso contrário incorremos na insandice de travar uma verdadeira batalha de Ásculo, onde em 239 a.C. o exército do Rei Pirro venceu os romanos, com muitas mortes. Os romanos perderam 6000 homens; Pirro perdeu 3500, incluindo muitos dos seus oficiais. Foi uma vitória arrancada a ferros pelo povo epirotas, que veio a ser conhecida nos meios militares como Vitoria Pírrica, significando que foi uma vitória com custos altos demais para ser considerada uma boa vitória. Consta que Pirro teria dito mais tarde: "Mais uma vitória destas e estou perdido."

A que preço queremos um país melhor? Drumond disse que “no meio da rua havia uma pedra”. No caso da caminhada para um país mais humano, há uma montanha de calhordice para remover-se. Hajamos com fé e exemplo Cristão na conquista de um mundo melhor.

Que JC ilumine!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Brasil: Um país de tolos!

Sísifo representa na mitologia grega a astúcia e a rebeldia do homem frente aos desígnios do destino. Ele é citado na Ilíada de Homero (século VIII a.C.) e tido como o mais esperto dos homens. Sua façanha mais conhecida é ter aprisionado a morte quando esta veio buscá-lo impedindo assim que por um bom período os homens morressem. Quando a morte foi libertada Sísifo foi condenado ao inferno, antes porem ordenou à esposa que não enterrasse seu corpo. Assim pediu permissão para regressar a Terra e castigar a mulher pela omissão e não voltou ao além-túmulo senão muito velho. Sua audácia, no entanto, fez com que Zeus o condenasse a empurrar eternamente, ladeira acima, uma pedra que rolava de novo ao atingir o topo de uma colina.

Tal Sísifo, cabe aos homens de bem deste país rolar persistentemente morro acima as pedras da retidão, do caráter e da nacionalidade. Sentimentos denominados como espúrios e vis no âmbito de nossa atual autoridade cível. Somos hoje uma nação amoral e não imoral, pois teríamos que ter uma referencia de moralidade para justificar seu desvio e como citou Napoleão (1769-1821) “Todo homem luta com bravura mais pelos seus interesses, do que pelos seus direitos”.

Os princípios éticos e morais segundo o mineiro Vicente Augusto, que nunca completou o primário, mas mestrou-se na universidade da vida, começam com um “não”... Não devo... Não posso... Não é licito... Alem de muitos outros nãos!

O notável Rui Barbosa (1849-1923) encontra-se lamentavelmente atual em seu alerta para o descrédito com a política, as instituições e os valores da sociedade: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Este sentimento causa o fenômeno classificado pelos sociólogos de “ruptura social”, onde a sociedade começa agir desonestamente justificando-se no exemplo de seus governantes.

A solução para reverter este processo é através da educação, mais como afirma o professor e pesquisador do CNPq Afonso Celso Scocuglia o analfabetismo constitui-se no maior fracasso do sistema educacional brasileiro. Devemos questionar suas raízes históricas e o porquê de depois de tantos investimentos e tentativas, os analfabetismos (absoluto, funcional, político, digital e outros) estão ainda longe de serem superados?

A resposta é simples! As estatísticas são manipuladas. Efetivamente nosso sistema educacional é ineficiente. Afinal, a quem interessa um povo com capacidade crítica de discernimento para cobrar seus diretos e exercer seus deveres?

Que JC ilumine.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Coitadinho do jacaré...

A fábula relata um pato que caminhava cantarolando próximo a uma lagoa quando foi interpelado por um sapo curioso do motivo daquela alegria toda. – Estou me preparando para uma festa no céu.
- Oba! Retrucou o sapo com a boca escancarada.
Ao que arremata o Pato: - Mais quem tem boca grande não entra...
- Coitadinho do jacaré! Responde o batráquio fazendo beicinho para disfarçar a bocarra.

Como a fase da camiseta do Che Guevara não convence mais ninguém e todo parasita necessita de uma ideologia para sobreviver, consequentemente a solução é recorrer-se ao primeiro modelo disponível na prateleira dos supermercados das conveniências. Ou seja, no momento que o patrocínio incondicional da ética e transparência torna-se obsoleto, passa-se a defender a causa da “governabilidade”, a qual permite levianamente que déspotas de plantão se auto-proclamem salvadores da pátria e através de artimanhas e subterfúgios defendam o suposto direito do povo, quando na verdade estão a defender apenas os seus escusos interesses.

É o exemplo da Venezuela, onde o caudilho Hugo Chavez parece andar na contramão do mundo, estatizando empresas, coletivizando propriedades, incentivando levantes e movimentos terroristas. Processo que o Kadafi latino chama de “revolução bolivariana”.

Foi o primeiro a criticar os acontecimentos de Honduras, porem seu patrício Antonio Ledezma, governador do distrito de Caracas e principal líder da oposição vêm ao Brasil pedir que intervenhamos na postura ditatorial de seu presidente. O político denuncia abusos de poder, retaliação política e sequestro de militantes oposicionistas. Não bastasse a criação de uma milícia militar, similar a SS nazista, com um contingente superior ao da própria força armada venezuelana, gasta milhões na aquisição de material bélico russo.

Dinheiro este que deveria ser destinado aos programas sociais de seu povo, já que a ONU apresentou um relatório anual onde a Venezuela ocupa o 58º lugar no ranking que mede as condições de pobreza de um país através do índice IDH, comprovando que a saúde econômica do estado encontra-se na UTI e tende a piorar.

Tal qual a fábula ele tenciona entrar na festa celestial dos países do primeiro mundo nem que para isso tenha que apontar os erros idênticos aos dele, porem cometidos por outros jacarés... É o roto falando do amarrotado, o toucinho falando da banha...

Resta saber por que o Brasil, que é o maior dos menores e menor dos maiores esta entrando na dele. Vaidade? Ambição? Ou burrice?

Talvez a resposta esteja na mitologia grega, através dos ciclopes. Gigantes com extraordinária força física e com um único olho no centro da testa. Presentes na obra Odisséia de Homero (século IX a.C.), possuíam semblantes tristonhos, pois em troca da captura do herói Ulisses, a feiticeira Circe oferece-lhes o dom de enxergarem o futuro, entretanto concedeu-lhes apenas visionarem o dia de suas próprias mortes.

Certamente só os ciclopes é que sabem quando e onde isto vai acabar!

Que JC ilumine!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A tal da felicidade...

A partir que o ser humano tomou consciência de sua existência como pessoa, independente de sua cor, raça, sexo, peso, altura, posição social ou credo, um sentimento é comum a todos nos que habitamos este planeta. Todos querem ser felizes!

Mais o que é essa tal de felicidade?

Para Aristóteles, (384-322 a.C.), a felicidade é o resultado de se saber viver. Para ele deve agir sempre com Ética. O resultado desta forma de viver será a felicidade. A cidade é a comunidade política, o lugar da vida do homem, que é um animal político e social, portanto, é nesse espaço que o homem desenvolve a arte de viver e atingir a felicidade

Santo Agostinho, (354 - 430 d.C.), define que felicidade é a busca e posse de um Bem eterno como a sabedoria, a verdade e Deus. Ele ressalta a importância da tranquilidade do espírito e o conhecimento de si mesmo em busca da sintonia com a imagem de Deus.

Já o filósofo alemão Schopenhauer (1788-1860), em sua obra “A Arte de ser Feliz” nos diz que "Para vivermos entre os homens, temos de deixar cada um existir como é, aceitando-o na sua individualidade ofertada pela natureza, não importando qual seja."

Segundo Freud, (1856 - 1939) “O que decide o propósito da vida é simplesmente o programa de princípio de prazer. Esse princípio domina o funcionamento do aparelho psíquico desde o início”. Para ele a felicidade só pode ser alcançada pela satisfação dos prazeres.

A Felicidade na contemporaneidade incentiva a posse de bens temporais e passageiros, caracterizado pelo consumismo, materialismo e artificialidade que acaba por gerar uma crise de identidade no ser. Muitas pessoas têm tudo que o dinheiro pode comprar mais continuam com um “vazio” dentro de si. Tal sentimento reflete a falta de conhecimento do que seja a verdadeira e plena felicidade. Afinal felicidade não tem etiqueta de preço.

Em outros casos, coloca-se a posição de ser ou não feliz, nas mãos de outrem. Se ela casar comigo serei feliz... Se conseguir o reconhecimento de meus companheiros de trabalho, serei feliz... Também esta forma demonstra o desconhecimento do verdadeiro sentimento. Nossa felicidade não é responsabilidade dos outros e sim de nos.

Então como encontrar a felicidade?

Primeiro, devemos entender as coisa boas e ruins que possuímos dentro de nos. Devemos começar de dentro para fora. Se quisermos mudar o mundo que habitamos, devemos começar primeiramente conosco. Iniciar nossa reforma íntima. Procurar forças para alterar o que podemos mudar, aceitar o que não podemos modificar e principalmente, buscar o discernimento para diferenciar as duas situações. O desafio esta em mudar o seu mundo e não o mundo dos outros. Ser feliz é mudar a si mesmo. É entender o meio em que vivemos, aceita-lo, buscando melhorá-lo através do amor. Lembre-se que as pessoas fazem as coisas por querem e não por que você quer.

Jorge Bucay, psiquiatra argentino contemporâneo, conta que um grande urso, vagando pela floresta, encontrou um acampamento vazio onde em uma fogueira um caldeirão liberava um odor delicioso. Ele foi até a fogueira e tirou o panelão de comida. Quando o urso a abraçou com toda sua força começou a perceber algo lhe atingindo. Era o calor da tina... Ele estava sendo queimado por onde a panela encostava. Como nunca havia experimentado aquela sensação, interpretou as queimaduras como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Quanto mais a tina lhe queimava, mais ele apertava contra o corpo.
Posteriormente encontraram o urso morto recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida colada a seu corpo.

Em nossa jornada nesta existência terrena, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos erroneamente serem importantes, que nos queimam e nos fazem sentir dor. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento.

Para que tudo dê certo em nossa vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação, nos da condição de prosseguir. Tenha a coragem e a visão que o urso não teve. Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder. Solte a panela, mude a sua vida e seja feliz!

Que JC ilumine!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Algo de podre não só na Dinamarca...

Shakespeare entendia como ninguém a natureza humana. Em sua obra Hamlet, o personagem, que após perceber que havia "algo de podre no reino da Dinamarca", passa a dissimular-se de louco e fingir-se incapaz de compreender as tramas e ardis que se passavam ao seu redor, no intuito de não ser assassinado pela cobiça alheia.

O autor percebeu que a ganância, o orgulho e a ambição, são sentimentos inerentes do ser humano e que sempre nos acompanharam em nossa trajetória histórica. Suas estréias ocorreram no livro de Gênesis 4:1-7 que cita a epopeia de Caim e Abel, filhos de Adão e Eva, que apesar de suas diferenças nas características físicas, perfis e atividades, tiveram a mesma educação e acesso às mesmas informações sobre o Todo Poderoso. Abel foi aprovado por Deus pela da sua oferta e Caim não. Ato continua Caim matou seu irmão por inveja e ambição. A partir daí, a essência da somatória desta tríade não parou mais de nos acompanhar e são infinitas as histórias que vem nos proporcionando ao longo destes milénios.

Rei Davi, 1.000 a.C., avistou do seu palácio a formosa Betsabá, esposa de Urias. A luxuria o possuiu e fez-se o início de uma tórrida história de cobiça e traição. Como se encontravam em guerra com os amonitas, o monarca pediu a Joab, chefe de seu exército, que escala-se Urias no lugar onde a batalha fosse mais violenta. Assim ele morreu e Betsabá ficou livre, tornando-se oficialmente a mulher de Davi. Desta união lasciva nasceu Salomão, mais tarde Rei e sinônimo de sabedoria.

Em 406 a.C., o grande general grego Alcibíades, após sucessivas batalhas vitoriosas foi traído por seu camarada Fernabazes, que instigado pelas intrigas dos espartanos, mandou assassina-lo em sua casa.

Durante todo o império romano, os jogos de interesse estiveram presentes nos anais de sua história. A imperatriz Messalina, em 25 d.C. tornou-se sinônimo de ganancial adultério e depravação utilizando de intrigas e jogos políticos para saciar sua sede de poder tornando-se a mais poderosa mulher de Roma.

Lucrécia Bórgia, 1480 d.C., filha ilegítima de Rodrigo de Bórgia, que viria se tornar o Papa Alexandre VI acabou por representar na história o símbolo da política maquiavélica e a corrupção consideradas como características do período renascentista.

Em 1894, após ser derrotado pelo padre Odorico Dolabela nas eleições de modo considerado fraudulento e sem o apoio do governador Bias Fortes para reverter o pleito, o coronel fazendeiro Serafim Tibúrcio através de vários subterfúgios, pegou em armas e com um contingente de 800 homens proclamou a República de Manhuaçu em 15 de maio de 1896, município localizado na zona da mata mineira.
Emitiu títulos de crédito em nome da Fábrica de Pilação de café , criou o dinheiro “Boro”, nomeou autoridades e avançou em direção ao Espírito Santo com a política de distribuição de lotes e abertura de estradas. Somente com o auxilio das tropas do exército combateu-se os revoltosos findando o levante trinta dias após seu inicio. Este fato foi registrado na capital do país por apenas um jornalista: Machado de Assis.

As duas grandes guerras do século XX, 1917 e 1939, que além de marcar a derrubada do absolutismo monárquico, mudou de forma radical o mapa geo-político Europeu e do Oriente Médio, foram frutos da cobiça inescrupolosa e desenfreada de tiranos tais Lênin, Stalin ou Hitler, empenhados apenas em se tornarem os donos do mundo.

No Brasil de 2009, acordos no mínimo escusos, vão delineando a politica comercial externa. Eclodiu com o obscuro contrato de aquisição de submarinos e caças franceses, apesar deles custarem mais do dobro do preço dos alemães e americanos, ainda incluem obras de um estaleiro e uma base naval que a França “exige” que seja realizada pela construtora Norberto Odebrecht. O mais interessante é que o Brasil já vinha produzindo submarinos em parceria com a empresa alemã HDW. Sendo o primeiro deles feito na Alemanha e outros quatro, no Brasil. Os Alemães propuseram fabricar mais cinco submarinos no Brasil, além de modernizar os cinco já existentes, sem necessidade de se construir nenhum estaleiro. Tudo melhor do que a proposta francesa, então por que escolhemo-la? Pelos belos olhos de Sarkozi?

Agora, temos em nossa sala um incidente diplomático cavado intencionalmente com as próprias mãos. Pretendendo retornar ao poder de seu país após ser banido democraticamente por descumprir cláusulas pétreas de sua Carta Magna, o Sr.Zelaya depois de uma peregrinação internacional, refugiou-se na embaixada brasileira em Honduras. Os menos avisados dirão que se acolhemos o ladrão do Ronald Bigs e o terrorista do Battisti, por que não um dissidente político? Nossas autoridades seguem dizendo não negociar com "usurpadores de poder" e que o governo brasileiro não acata ultimato de um golpista. Ou será uma artimanha para dar sustentação popular para alterar também nossa constituição e alavancar um terceiro ou quem sabe, vitalício mandato?

Acontece que por traz deste engodo existe uma situação criada pelo “líder bolivariano” Hugo Chávez que é cúmplice da Farc e intenciona ter um amigo no comando de um país que se encontra na rota do tráfico de drogas da Colômbia para o EUA. Para tanto, apelou para a vaidade de nosso mandatário e o convenceu a alterar nossa política de não intervenção, respeitada até no regime militar. Por esta atitude irresponsável, Honduras virou cenário de sítio, miséria, saques, manifestações violentas culminando em mortes de inocentes; ações nas quais o Brasil possui nefasta colaboração.

No momento, há coisas muito mais podres aqui, que na Dinamarca. E ninguém do governo precisa dissimular ou fingir incapacidade, basta agir normalmente!

Que JC ilumine!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

“Como se não houvesse juízes em Berlim!”

No conto "O Moleiro de Sans-Souci", o francês François Andriex relata um episódio ocorrido no século XVIII, onde o então rei da Prússia, Frederico II, amigo de Voltaire e conhecido como um dos “déspotas esclarecidos” desta época resolveu construir um palácio próximo a Berlim.

Um velho moinho porem, o impedia de construir uma ala do castelo e o mesmo decidiu comprá-lo, ao que o dono recusou argumentando que não poderia vender a casa onde a família vivia a gerações. O rei insistiu, dizendo que, se quisesse, poderia simplesmente lhe tomar a propriedade, quando o moleiro retrucou a célebre frase: “Como se não houvesse juízes em Berlim!”

Pasmo com a resposta, que demonstrava a disposição do moleiro em litigar com o próprio rei na justiça, Frederico II decidiu alterar seus planos e o moinho permaneceu no lugar.

Este evento passou para a história como um símbolo da independência possível e desejável da Justiça que deveria ser cega para as diferenças sociais mesmo em uma monarquia e com a obrigação de limitar o poder absoluto dos governantes.

No livro de Apocalipse 6:1, o apóstolo João cita um cavalo preto, cujo cavaleiro tem uma balança na mão, que significa o cavalo da justiça vindo para destruir a injustiça; daí a frase “a justiça vem a cavalo”. Ela expressa que o equino era o veiculo mais veloz da época, e intencionava afirmar quão ligeiro era a punição daquele elemento ou situação que feria o interesse comum.

Hoje, nos tempos do supersónico, pelo menos no Brasil ela continua a cavalo. Para ser mais preciso, ela vem num burrico. E para preservar ecologicamente os asnos, alguns de nossos ilustres magistrados têm se revezado uns nas costas dos outros nesta caminhada...

Recentemente o professor da USP, jurista renomado e reconhecido nacionalmente como autoridade em direito constitucional, Dalmo de Abreu Dallari, afirmou que “Dentro da situação brasileira atual, a Constituição não tem sido aplicada. A partir do desrespeito à Constituição se criou um ambiente de irresponsabilidade e impunidade. E o governo está ligado a isso. Se o próprio governo não cumpre a constituição, não respeita, não considera que ela deve ser levada a sério, como exigir que o povo a respeite.”

E realmente nosso Judiciário não pode ser levado a sério e comprova sua mediocridade, quando permite ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar seu amigo, companheiro de militância e advogado particular, o advogado-geral da União, José Antonio Toffoli, para ministro do Supremo Tribunal Federal, apesar do Sr.Toffoli ter sido reprovado duas vezes consecutivas no concurso para juiz de 1ª Instância.

Segundo o jornalista da Veja, Augusto Nunes “a entrega de uma toga ao advogado predileto do PT é uma cafajestagem. A nomeação de um militante partidário desprovido de notável saber jurídico é uma afronta. E é um ato criminoso a infiltração no Supremo de um bacharel que, além de politicamente suspeito e intelectualmente despreparado, cultiva o hábito de presentear amigos com passagens aéreas compradas com o dinheiro dos pagadores de impostos.”

A conduta do SFT afronta à memória de Juristas como o mineiro Afonso Arinos de Melo Franco (1905/1990) autor do Manifesto dos Mineiros, que em 1943 apressou a derrubada da ditadura Vargas e notabiliza-se pela Lei Afonso Arinos de1951 contra a discriminação racial, alem de presidir em 1987 a Comissão de Sistematização da Assembleia Nacional Constituinte.

Espero que o Ministério Público se apresente e que com suas levas de Procuradores tomem alguma atitude. Talvez a cerne da questão esteja justamente ai, pois temos procuradores demais! Eles procuram, procuram e nada! O que precisamos é de achadores, para achar os desvios, a legislação oportuna e inconstitucional que solapa nossa nação e principalmente, para tentar achar a vergonha da cara que desapareceu a muito das fisionomias de nossos homens públicos.

Que JC ilumine!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Nem com Furnas, quiçá com lamparina...

O período pós-socrático (399 AC.) foi rico de questionamentos e descobertas. Dúvidas semeadas por ele nos arremessaram na colheita das respostas, sem as quais não conseguiríamos nossa continua evolução.

Entre estes frutos, encontrava-se Diógenes (356 a 234 AC.). Seguidor da filosofia cínica e apontado como aquele que desprezava o poder e as convenções sociais. Ele ficou associado a diversos episódios que exprimem as suas ideias éticas, as únicas a que dava verdadeira importância.

Conta-se que Alexandre, o grande ao encontrá-lo ter-lhe-ia perguntado o que mais desejava. Acontece que devido à posição em que se encontrava Alexandre, fazia-lhe sombra e Diógenes, então olhando para o sol afirmou: "Afasta-te para não me tires o que não me podes dar!". De outra feita perambulava pelas ruas da cidade com uma lamparina acesa, durante o dia, afirmando a quem o interrogava que procurava "um homem verdadeiramente honesto".

Durante o período Renascentista, no século XV, eram evidentes os sintomas da decadência dos países europeus, especialmente na Itália que se encontrava desarmada política, militar e institucionalmente pela ausência de uma liderança unificada.

Imperava naquele momento a tirania diversos principados italianos, governados despoticamente por monarcas sem expressão ou por direitos contestáveis. Esta ilegitimidade de poder gerava situações de crise e instabilidade permanente, onde somente a manipulação política, a astúcia e a ação fulminante contra os adversários eram capazes de manter o domínio.

Neste panorama de crise que surge Nicolau Maquiavel, (1469 – 1527) cuja biografia confunde-se com a história da própria Itália e do mundo. É inegável sua contribuição à história das ideias, especialmente à Ciência Política. Maquiavel desnuda a natureza humana da mediocridade, egoísmo e ganância como algo concreto e definitivo, ou seja, ele simplesmente fez da prática uma teoria. Esta concepção demonstra a genialidade maquiavélica perpetuada em sua obra “O Príncipe”, pois ao longo de quatro séculos tal obra ainda atormenta a humanidade. O grande mérito deste livro foi desmascarar o pseudo-moralismo em nome de interesses escusos, disfarçados de religião ou humanistas, o que faz uma obra atual e universal.
Contemporaneamente, após o fim da guerra fria, na qual era patrocinado pelo EUA e com o dinheiro restante destas contribuições, Bin Laden fundou em 1988 á Al-Qaeda que continuou a receber doações financeiras procedentes de várias instituições e empresas da Arábia Saudita e Golfo Pérsico, que tinham por objetivo difundir a interpretação conservadora do islamismo.

Para isso, até 11 de Setembro de 2001 onde após o terrível atentado as Torres Gêmeas, quando Bin Laden teve seu covil iraquiano bombardeado por aviões norte-americanos, foram necessários desembolsarem 30 milhões de Dólares para bancar as milícias Talebans.

Com a crise financeira internacional ocorreu um controle mais rígido de circulação de capitais pelas redes bancárias, obrigando seus membros a dedicarem-se à clonagem de cartões de crédito, vender produtos piratas, promoverem contrabando de ouro, alem do tráfico de drogas dos campos de papoula afegão. Em outras palavras, de fundamentalistas ideológicos, passaram atualmente a concorrerem com criminosos comuns.

No Senado de nosso Brasil atual misturam-se estes três fatos históricos. Diógenes poderia andar com Furnas nas costas que não acharia ninguém honesto lá, pois tal o renascentismo europeu, encontra-se habitado apenas por déspotas de direitos questionáveis, que perderam além da ideologia, a vergonha na cara e passaram a agir como meros meliantes de alcova.

Que JC ilumine!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A mala nada na lama!

Recentemente um amigo enviou-me um artigo sobre palíndromo, que é uma palavra ou número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, ou seja, da esquerda para a direita e vice-versa. Palavras tais ovo, osso, radar ou Renner. O mesmo se aplica também a frases, conforme o título deste artigo, embora neste caso seja mais difícil esta combinação.

Já na área de exatas, aprendemos a Lei que “as ordens dos fatores não alteram o produto”, apesar de ser enorme a resultante de dormir com “José Maria” ao invés de “Maria José”.

Porem nenhum destes dois conceitos se aplica na seara da política brasileira. Lá é um campo permissivo onde reina o deus romano Janus, que deu origem ao nome do mês de Janeiro, aquele que “olha” para os dois anos, o que passou e o ano novo. Por este motivo era representado por uma figura com duas faces olhando em direções opostas.

Em seu templo as portas principais ficavam abertas em tempos de guerra e fechadas em tempos de paz. De acordo com historia, só foram fechadas duas vezes.Ou seja, quando a situação ficava preta se apelava a ele.

Hoje podemos definir claramente os Janus que se instalaram nos corredores do poder de nossa repluplica exatamente como se instalou em Roma no ano 73 a.C., quando o senador Marcus Tullius Cícero sufocou a conspiração de seu par Lucius Sergius Catilina, clamando a sua indignação no senado romano ou no foro: “Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência?” Perguntou ele várias vezes ao velhaco conspirador que queria apossar-se de um poder a qual não tinha nenhum direito. O tal Catilina, era um traste da pior espécie, quer como homem, quer como político.

Precisamos urgentemente reavaliar a História tão pródiga e generosa, que não só nos dá excelentes lições sobre a atualidade com certos acontecimentos do passado, como a frase deixada por Cícero, fresca e vibrante, como se tivesse acabada de ser pronunciada.
Até quando, senadores catilinas, continuaram abusando do povo Brasileiro? Repetiria nosso herói, recalcitrando-se na cova ao tomar ciência do cenário do Senado Federal

Não se esqueçam que somente a beleza e a mentira não resistem ao tempo e comprovará que com o passar do tempo a situação ficará cada vez mais feia.

Que JC ilumine!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Queime seu navio!

Contam que Francisco Pizarro, o conquistador espanhol, pouco depois de desembarcar com seus homens na América do Sul em 1526, mandou queimar os navios que os tinham levado até lá. Algumas versões atribuem este ato a Hernán Cortez
Na verdade ele estava apenas imitando Julio Cesar que durante sua visita a Alexandria em 48 a.C., colocou fogo em seus próprios navios para frustrar a tentativa de Achillas de limitar a sua capacidade de comunicação por via marítima. O incêndio se espalhou para as docas e depois acidentalmente para a biblioteca de Alexandria.

Cesar ainda, ao desembarcar na Costa Britânica com seu exercito mandou novamente queimar todos os navios que tinham transportando seu exército até o estreito de Dover e que no caso de derrota, seriam indispensáveis para a retirada.

Porem o que importa nestas estranhas atitudes de Cesar e Pizarro era a idéia de incutir nas mentes de suas tropas a máxima, vencer, vencer e vencer.

Os generais sabiam que seus soldados, sem os barcos, dariam suas vidas pela conquista das novas terras descobertas, justamente porque aquela era sua única chance de continuar vivendo.

Assim também somos-nos com nossos hábitos. Quando deixamos o barco dos velhos hábitos ancorado, teremos sempre a opção de desistir e voltar atrás. Os mexicanos têm um ditado que diz: “Renovar ou morrer”! Obvio que é melhor renovar. Porem acreditamos equivocadamente, que o obvio para nos, também será para os outros. Esquecemos que cada ser interpreta o universo pela sua percepção pessoal.

Nos também temos de queimar nossos navios das crenças e dogmas. Se quisermos continuar nossa viagem, não tem problema. Construamos novos, com o material que a nova ilha tem para oferecer e tentemos uma vez mais. Lembre-se de um antigo provérbio chinês que diz o seguinte: “Se você não mudar a direção, terminará exatamente onde partiu.”.

Durante nossa existência terrena, existem apenas dois dias em que nada podemos fazer para mudar. O dia de ontem, afinal o que passou, passou e “Inês é morta” como dizia Roberto Drumond. E o dia de amanha, pois o futuro a Deus pertence. Mais hoje seus atos definirão como será seu amanha. Haja com amor e colherá tolerância. Pratique a paciência e receberá compreensão. Ajude e será ajudado.

Que JC ilumine!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A verdade é que o sol nasceu para TOLDOS...

Ninguém abaixo do céu e acima da terra é detentor da verdade absoluta. Mesmo por que, o que é certo para uns não é para outros. As Leis morais que conduzem uma sociedade, não atendem a ordem moral de outra comunidade.

O tempo, general ambicioso e lento que perseverantemente a tudo conquista, nos prova que o que era verdade em uma época, é tolice em outro momento. Um fato tido como verdade, visto de uma determinada posição, pode-se não ser verdade por outro angulo.

Aproximadamente em 140 d.C. Ptolomeu criou o modelo geocêntrico, onde a terra era o centro do universo e os outros planetas juntamente com o sol, estariam à sua volta, movendo-se em torno de terra. Como este modelo agradava a igreja, prevaleceu por 14 séculos.

Somente em 1530, Nicolau Copérnico apresenta sua grande obra, De revolutionibus orbium coelestium, onde afirma que a Terra gira em torno de seu próprio eixo uma vez por dia e viaja ao redor do Sol uma vez por ano. Esta porem, só foi publicada 30 anos após, curiosamente no ano da morte do próprio Copérnico, que nunca tomou conhecimento da grande controvérsia que havia ajudado a criar.

O pai da medicina, Hipócrates acreditava que a doença era o resultado de algum desequilíbrio nos quatro “humores" do corpo: Sangue, fleuma, bile amarela e bile negra. Excedentes de humores podiam acumular-se em partes específicos do corpo e eram associados a temperamentos específicos. A bile negra no baço, por exemplo, causava insone e irritabilidade. Os humores equilibravam-se novamente com auxilio da sangria. Este enfoque serviu de base da medicina ocidental por mais de mil anos e só tornou-se evidente que era completamente sem sentido no século XIX.

Platão suspeitava da democracia. Em seu livro “A Republica”, define que uma situação de muito poder nas mãos de pessoas comuns levava inevitavelmente à anarquia; a tal ponto que a ordem só poderia ser restaurada através da tirania. Ele compara o poder ao vinho, que pode inebriar a mente mais lúcida, quando consumido em excesso. O resultado em ambos os casos é o caos.

Após a morte de Lenin, em 1924 o ditador Joseph Stalin governou a ex-URSS com métodos brutais durante quase trinta anos. Uma das medidas mais notáveis de Stalin foi a burocratização do Estado (centralização do poder nas mãos de poucos). Este é um dos pontos mais atacados pelos críticos da corrente, que acusam que Marx sempre fora contra tal centralização. O modelo que tinha a intenção transformar o pais em uma grande potencia conseguiu transforma-lo atualmente em uma nação pobre, corrupta e ineficiente.

Os exemplos acima, comprovam que a única verdade absoluta, é a absoluta verdade que ela não existe e aquele que se propoe a ser dona dela, tal o radical, é alguem que tem os pes firmamente plantados no ar como citou Theodore Roosevelt.

Certo estava Paulo Francis, ao afirmar que quando sabia todas as respostas, mudaram-se as perguntas.

Que JC ilumine!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Entre Crassos e Muricis...

Marcus Licinius Crassus viveu em Roma em 59 a.C. Era aristocráta e General.Poderia ter entrando para história por vários motívos. Por ter sido o militar responsavel por esmagar a revolta dos escravos liderada por Espártacos ou pelo seu apoio a um jovem político desconhecido de nome Caio Július Cesar, que mais tarde tornaria-se o Imperador.

Porem perpetuou-se por cunhar o celebre termo “Erro Crasso”, eternizado na fala de vários povos como sinônimo de estupidez e bobagem, chamado assim por causa da burrice militar na batalha de Carrhae,

Apesar da excelente condição social e enorme riqueza, Crassus ansiava a glória militar, e por isso liderou uma campanha contra os Partos, um povo persa cujo império ocupava na época, boa parte do Oriente Médio.

À frente de sete legiões, aproximadamente 50 mil soldados, confiou demais na superioridade numérica de suas tropas. Abandonou as táticas militares romanas e tentou atacar simplesmente. Na ânsia de chegar logo ao inimigo, cortou caminho por um vale estreito, de pouca visibilidade. As saídas do vale, então, foram ocupadas pelos Partos e o exército romano foi completamente dizimado, juntamente com ele e seu filho.

O excesso de confiança adquirido nas vitorias anteriores, a falta de um planejamento concreto, alem de subestimar a inteligência do oponente, foram sua ruína e o passaporte para a posterioridade.

Milênios depois Euclides da Cunha apresenta-nos no apoteótico “Sertões”, ao personagem do Coronel Tamarindo. Um homem fraco, sem comando firme e nem de longe um líder, que durante a guerra de Canudos abandona a própria sorte sua tropa, completamente alienada, salvando a própria pele e entrando para a história com a frase:
"É tempo de Murici, cada um cuide de si".

Dois personagens, dois momentos, o mesmo objetivo, a mesma falta de planejamento, o mesmo resultado.

O primeiro agiu em proveito próprio colocando em risco outrem por orgulho inflamado e interesse conveniente. Já no segundo caso o descaso e a crença que não valia a pena lutar pelos interesses do grupo resultaram na perda de todos.

Recentemente o exmo presidente do STF, cometendo erros crassos na conduta leviana da magistratura, aprovou a desnecessidade do curso superior para a profissão de Jornalista. Se para técnico de futebol, que é apenas um esporte é necessário ser formado em Educação Física, por que um profissional do denominado Quarto Poder, pode ser um Zé Ruela? A quem interessa este ato? O motivo é obvio! Quanto menor a capacidade de discernimento de elemento mais manipulável se torna. Assim se tivermos jornalistas insignificantes, sucessivamente teremos uma impressa medíocre e conseqüentemente leitores estilo “velhinha de Taubaté”.

No caso da sociedade, temos que cobrar mais transparência e moralidade do judiciário e seus asseclas e agir em busca de nossos direitos e dizer um alto e retumbante não ao tempo de Murici... Caso contrário esta casa de mãe Joana vai continuar como dantes e ai nem cada um por si e nem Deus por nos!

Que JC ilumine!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Os filhos da mãe...

Se existe filho é por que existe mãe. E via de regra, estes filhos quase sempre são espelhos de sua progenitora, pois são elas responsáveis pela tão famosa e citada educação de berço de seu rebento, ou pelo menos deviam ser!

Pelo exemplo da minha querida mãezinha, que fica toda orgulhosa dos meus pequenos feitos, imagino o grau de satisfação e alegria de mães de personagens brasileiros que abrilhantaram a humanidade. Filhos como Carlos Chagas, Ezequiel Dias, Santos Dumont, Villa Lobos e uma infinidade de outros.

Homens que fizeram a diferença, que levaram o nome de nossa nação atravessar as fronteiras, com reconhecimento e respeito.

Era por esta linha de pensamento que fluía minha mente, antes que o jornalista Ricardo Boechat me informasse indignado pelo rádio do carro que mais de 34% dos representantes do legislativo nacional encontra-se com suas habilitações caçadas. Até aí suportável, são apenas políticos “roda dura”. O agravante é que nenhum deles atendeu a convocação do Detran de entregar suas carteiras ou seja, tem deputado inabilitado desde 2001 rodando livremente e sem nenhuma punição.

Tudo ia muito bem, até que um destes deputados, completamente bêbado, assassina com seu veiculo um eleitor inocente e apesar de renunciar ao cargo, permanece livre leve e solto sem nenhuma punição.

E afirmo, sem medo de errar, que se for mais a fundo, vamos encontrar um percentual muito maior de casos similares, nos membros do judiciário, pois se os congressistas se acham intocáveis, os juízes tem certeza. Tai o presidente do supremo para comprovar!

Que país é este, onde quem faz as Leis, não as obedece? Ora, a física nos ensina que para toda ação existem uma reação igual e contrária. Este mesmo fenómeno na sociedade é intitulado pelos sociólogos como “ruptura social”. Ou seja, de tanto testemunhar impunidade, cafajestice, prevaricação e peculato das autoridades, o cidadão começa a acreditar que isto é normal e ele também tem de ser assim para “se dar bem”.
È o jeitinho brasileiro e a lei de Gerson que faz parte da cultura nacional.

Pois é! Fico imaginando qual o sentimento que vai nos corações das mães destes bandidos de gravatas e togas vendo como estão acabando com nosso pais.Acabando com a moral do povo e oprimindo-os com uma carga tributária tirânica apenas para saciar seus benefícios e deleites.

Passando para o mundo, que nosso país não é sério e que esta avalanche de escândalos é normal no cotidiano de nossa sociedade.

Uma coisa é certa, para ver se situação melhora a partir da próxima eleição somente irei votar em prostitutas, pois os filhos delas que estão no poder não resolvem nada!

Que JC ilumine!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Você sabia ?

1. - Um motorista do Senado ganha mais para dirigir o automóvel funcional de um Senador, do que um oficial da Marinha ganha para pilotar uma fragata de algumas centenas de milhões de dólares.

2. - Um ascensorista da Câmara Federal, ganha bem mais para “pilotar” os elevadores da casa, do que um oficial da Força Aérea que precisa de anos de treinamento para pilotar um caça Mirage.

3. - Um “diretor” que comanda a garagem do Senado, ganha muito mais do que um Oficial-General do Exército, que comanda todo um regimento de veículos blindados.

4. - Um “diretor sem diretoria” (...deve ser back-up de diretor...) do Senado, ganha mais do que o dobro que recebe um professor universitário federal concursado, com mestrado, doutorado e com prestígio internacional...

CIRCO BRASIL: AQUI O PALHAÇO É VOCÊ!
Que JC ilumine!



sexta-feira, 12 de junho de 2009

La nave va

A evolução humana é similar a um rio pedregoso. As águas às vezes límpidas outras vezes turvas vão lentamente, apesar da resistência das rochas, moldando-as ao aceite de sua torrente. As águas são os acontecimentos do destino e as pedras somos nos.

A correnteza segue impavidamente seu caminho segundo a segundo, sol a sol, inverno a inverno e nesta marcha vagarosa vai alterando o perfil das pedras estagnadas e resistentes que ali se encontram.
Criaturas temporais que somos, em nossa curta existência terrena quase não percebemos as mudanças ocorridas no rio durante nossas visitas a ele.

O mais interessante, é que como as águas não são ruidosas nem intolerantes, consegue pouco a pouco a alteração do caráter rude das rochas, sem que elas mesmas se dêem conta disto.

Assim também caminha a humanidade. É certo, que temos muito que aperfeiçoar em nossa jornada, mais não podemos negar as mudanças já alcançadas nesta longa caminhada. Da barbária até os tempos atuais aprendemos muito. Aprendemos a respeitar mais o nosso próximo, nosso planeta. Ser menos intolerante com outras culturas e crenças. Aceitar outras raças e estilos.

De concreto, esta o fato que o progresso moral, avançou numa velocidade infinitamente inferior que o tecnológico.
Ainda hoje os valores continuam bem próximos aos praticados na Idade Média

Devemos observar os singelos, porem profundos ensinamentos do rabino Ben Zomma.

Ao ser indagado pela pergunta “quem é valente?”, respondeu: “ Aquele que domina os seus impulsos".
“Quem é rico? - Aquele que se contenta com o que tem.”
“Quem é digno de respeito? - Aquele que respeita seu próximo.”

Está na simplicidade das respostas a profundeza do ensinamento.

Que JC ilumine.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A cada um, o que cada um merece!

O magistrado grego Dracón, foi um visionário em sua época. Por volta de 621 AC. foi lhe concedido autorização pela aristocracia de Atenas a publicar aquelas que seriam o primeiro código penal da humanidade: As Leis Draconianas. Elas eram consideradas impiedosas, extremamente severas e sanguinárias, chegando a punir com a pena capital os crimes mais simples. Porem, apesar da agressividade desta lei, tornou-se responsável por diminuir os privilégios da aristocracia, proporcionando a igualdade social e estabilidade na política ateniense

Certamente, foi um estreito colaborador para que a Grécia evoluísse ao berço da cultura e intelectualidade durante um período milenar. Além, é claro de cunhar o termo “draconiano”, sinônimo de severo e extremista.

Já em 1887, Machado de Assis, através do personagem Quincas Borba, um velho professor de filosofia nos apresenta a teoria “Humanitas” onde o homem não aparece como um ser maravilhoso e perfeito, mas cheio de falsidades, instável e fraco, em que um cão pode ser mais amigo e fiel do que o ser humano, onde na luta pela sobrevivência a força sobrepõe o caráter Chega mesmo a justificar com extrema lucidez a nobreza e o benefício da guerra como relata a seguir:

“— Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas chegam apenas para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e irá à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.”

O célebre jogador tricampeão do mundo Gérson entrou para os anais jurídicos não por ter sido uma das maiores estrelas da Copa de 70, mas por ter formulado, em uma propaganda do cigarro aquela que viria a ser conhecida como lei de Gérson: "O importante é levar vantagem em tudo".

Esta lei define sucintamente o lado “Humanitas” descrito por Machado onde o Brasileiro perdeu o sentimento de trabalhar em prol da coletividade e passa a pensar em si mesmo. Somos mesmo uma nação de egoístas e corruptos, que só pensam em si e só querem saber de levar vantagem.

Ao contrário das Leis de Dracón, nossos códigos penais ou cíveis não punem ninguém de nossa aristocracia parlamentar ou da magistratura.

A Grécia teve os governantes que quiseram e nos, também. Atualmente a melhor definição dos integrantes da sede dos Três Poderes é:

Se gradear vira zoológico... Se murar vira presídio... Se cobrir com uma lona vira circo... Se colocar lâmpadas vermelhas vira prostíbulo, mais se quiser esvaziá-lo é só dar descarga!

Que JC ilumine.

domingo, 15 de março de 2009

SE NÃO BASTASSE A REFORMA ORTOGRÁFICA PORTUGUESA...

A página abaixo esta disponível no site oficial de compras do governo e tendo as partes que se refere este artigo, copiadas em sua íntegra:

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS
Assessoria da Secretaria de Obras e Serviços Gerais

PROJETO BÁSICO

1. - DO OBJETO

Objeto do presente contrato é a implantação de um de sistema de vigilância eletrônica monitorada e cerca elétrica, com o fornecimento dos equipamentos e a prestação de serviços de monitoramento diário, manutenção preventiva e corretiva, sempre que necessária, de todos os equipamentos componentes do sistema e da cerca, no imóvel do Cartório da 288ªZE, de Ibirité-MG.

2.2.1 - Visita técnica:

As empresas convidadas a apresentarem propostas deverão, por meio de funcionários do seu quadro de pessoal, devidamente identificados e, se possível, uniformizados, vistoriar o local. Tal visita tem como objetivo o conhecimento do LEIAUTE e a análise das condições físicas e necessidades do imóvel, requisito essencial para a elaboração do orçamento e posterior instalação do sistema de segurança e da cerca elétrica;

5. - DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE

O CONTRATANTE obriga-se a:

5.5 - Comunicar à CONTRATADA qualquer alteração no LEIAUTE do imóvel, para reposicionamento dos sensores, visando manter a eficiência do sistema;

Não satisfeitos com a reforma ortográfica da língua portuguesa aprovada pelo Executivo, o Judiciário deu o troco. Os conspícuos magistrados do TRE.MG efetuaram a reforma ortográfica da língua inglesa; e o pior sem comunicarem aos ingleses, afinal se o ministro da justiça pode legislar sobre as Leis da Itália no recente caso do terrorista bonzinho, nossos juízes também tem o direito de dar “pitacos” na língua de Shakespeare!

E afirmo que aprovaram, pois não consigo conceber que um documento importante como um edital de licitação pública, que envolve o erário, juntamente com segurança de informações do processo democrático tenha sido publicado sem a devida leitura e aprovação de um ou mais briosos meritíssimos integrantes deste tribunal.

Certamente vão argumentar que foi um erro de impressão, mais não é, pois a mesma palavra foi mencionada mais de uma vez. Quem digitou este documento, não se dignou se quer acionar o ícone de correção automática do sistema Windows e quem autorizou sua publicação não leu e acabou assinando o auto-atestado de burrice congênita. Na verdade ninguém fez e nem faz nada. Fingem que trabalham. Em qualquer empresa privada já estariam no olho da rua a tempos.

O que aconteceu e vem persistindo é a completa falência do Poder Judiciário. É uma crise, porém de caráter, que abundam os integrantes em todas as esferas deste potentado.
Senhores feudais com o poder de legislar e legislam muito bem, só que em causa própria.

Em uma aparente nação democrática, utopicamente “o poder emana do povo e para o povo”, porem ao se tratar de nossos juízes esta citação é uma balela.

Os funcionários públicos deste setor são os mais bem remunerados, com salários ofensivos para a realidade brasileira (a média da remuneração inicial de um auxiliar judiciário é de R$ 3.500,00 contra um salário mínimo de R$ 465,00), com uma canetada centenas de juízes passam ao cargo de desembargador e seus salários também, que variam em torno de R$ 25.000,00.

No supremo então, nem se fala! Chateaubriand nos alertava que o “Brasil é um deserto de homens” esta citação não poderia estar mais atual, por que um Homem é a somatória de caráter, decência e altruísmo e não são estes os exemplos que estamos testemunhando nos Três Poderes.

Em uma nação democrática, o ápice deste processo é a eleição. Votamos no chefe do executivo, para os integrantes do legislativo, mais para o legislativo não podemos dar nem palpite. Chega deste corporativismo predador.

Proponho a campanha “Quero votar no judiciário”. Uma proposta para eleições diretas no âmbito do Poder Judiciário para os cargos mandatários das esferas municipais, estaduais e federais. Desta forma poderemos cobrar posturas coerentes hás propostas lançadas pelos candidatos na empreitada pelo pleito.

Estou pondo lenha na fogueira por que como disse Rita Lee, pegar fogo nunca foi atração de circo, mais não podemos negar que é um caloroso espetáculo...

Que JC ilumine!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

QUALQUER SEMELHANÇA É MERA COINCIDÊNCIA

"Estão maquiando a Dilma. Pra enganar o povão. O Lula gritou "Eureca!". Quem comeu sapo, engole perereca."
Trecho da marchinha do Pacotão, bloco de carnaval de rua de Brasília, formado por jornalistas. O autor assina como Joka Pavarotti.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Do inferno aos céus e de lá, só Deus sabe...

Recentemente um amigo que freqüenta os bastidores da Assembléia Legislativa de MG, me informou que uma comitiva de políticos do Timor Leste visitou aquela casa. Vieram de Brasília, onde durante a mais de um mês estavam em visita a vários outros órgãos de administração pública.

Como é de conhecimento geral, o Brasil desempenhou um papel expressivo nos conflitos gerados em função da revolução política que assolou aquele país, onde tropas de nosso exercito desempenharam papel vital na manutenção da paz daquela região execrada.

Esta intervenção pacifica criou um forte relacionamento diplomático entre nossas nações e com o fim da triste guerra civil, os políticos daquele estado que acreditavam estarem deixando o inferno e seguindo em direção ao paraíso, decidiram aprofundar mais esta relação, através de visitas periódicas a nosso país no intuito de aprenderem e implantarem um sistema democrático real similar ao nosso naquele lugar devastado.

Sendo militar da reserva e nacionalista de carteirinha, tomei-me de imediato júbilo ao saber que em vez de buscar este conhecimento nos EUA ou na Europa, vieram buscá-lo aqui, no meu Brasil.

Afinal, após 20 anos de um regime político único, hoje conseguimos construir um sistema democrático de dar inveja a qualquer um.

Um país democrático, com um regime político extremamente definido, mesclado de modelo parlamentar com federalista e presidencialista que tem até um pouquinho de monarquia com vários senhores e seus feudos...

Com Partidos e partidários afetos aos seus ideais e com homens públicos sérios e comprometidos com os interesses do povo...

Possuidor de uma Constituição e um Código Civil bem elaborados, com Leis claras e bem propostas, tendo um Judiciário austero e rigoroso, capaz de cobrar uma postura honesta de nossos dignitários. Respaldados em investimentos na área da segurança pública e sistema penal, resultando na tranqüilidade da população e redenção dos detentos...

Um país com políticas sociais bem definidas e planejadas, sem populismo nem utopia, evitando assim possíveis porem inaceitáveis fraudes ao erário. Detentor de um sistema tributário justo e bem distribuído, impedindo desta maneira o efeito cascata na carga tributária além de não penalizar o empresariado, possibilitando que os mesmos invistam em seus empreendimentos, gerando uma demanda constante no mercado de trabalho...

Que persiste em uma campanha de desarmamento da população sem se deixar abater e nem se influenciar pelas infecundas campanhas similares realizadas em outros países, tais como o Canadá, Austrália, França e o EUA. Possuímos convicção que nossa intentona triunfará onde o primeiro mundo falhou!

O EUA que se auto-proclama o berço da liberdade, do sonho democrático, da Lei e ordem, registrou este preceito ao cunhar em sua moeda a profunda frase: “Deus salve a América”.

Sugiro aos Timorlestanos ou Timorlesteiros, que após aprenderem conosco, através de nosso exemplo de respeito à cidadania de um povo e a construção de uma democracia séria como a nossa, imitarem o singelo gesto americano com o dinheiro de seu pais.

Porem, face ao arquétipo selecionado como modelo para reestruturação da nova ordem social de seu estado, recomendo que a frase mais apropriada a ser utilizada seja: “Deus Nos Acuda” ...

Que JC ilumine

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

"Entre Aspas"

A comunicação pessoal foi e será a principal ferramenta para nosso desenvolvimento. O processo que resulta no envio de uma certa “mensagem”, passa por três estágios: A palavra, seguida da expressão facial, acompanhada da expressão corporal.

É imperativo que um venha complementando o outro e que todos estejam empenhados em enviar a mesma “mensagem”. Quer exemplos? Você consegue imaginar uma pessoa contando uma piada, chorando? Ou dizendo estar triste com algum falecimento, sorrindo e balançando como se estivesse dançando?

A comunicação pessoal tem de ser um todo, um conjunto de atitudes que comprovem a realidade da “mensagem” transmitida.
Porem, o que se percebe atualmente, é que propositalmente as “mensagens” não são claras. Seus elaboradores não estão sendo objetivos e verificamos a todo instante uma comunicação subentendida, expressa nas “entre linhas” ou como estão querendo denominar: “Entre Aspas”.

Ora, as Aspas são usadas para delimitar citações ou para se referir a títulos de obras, ou ainda para realçar uma palavra ou expressão.
Porem, na verdade estão utilizados as “Aspas” com objetivo de distorcer a realidade e criando uma lógica própria para uma versão manipulada de certos fatos.

Mais ou menos assim: Deus é amor, o amor é cego e te deixa feliz, o humorista Geraldo Magela é cego e nos deixa alegre, então Geraldo Magela é Deus...

Sendo assim, um amigo esta coberto de razão quando afirmou que a culpa desta situação escandalosa que se encontra nosso país é de Getúlio Vargas. Ele afirmava que depois de muito pensar sobre o momento político que atravessamos, chegou à conclusão que o ex-presidente Getúlio Vargas é o único responsável pelos momentos deprimentes pelos quais ora passamos, e esclareceu:

Se a Bolsa Família tivesse sido criado em sua administração, provavelmente uma certa família pernambucana (tendo suas necessidades básicas plenamente atendidas por tão completo programa social) não teria migrado para o sul.
Obviamente os filhos, perante tão relevante exemplo de distribuição de peixes, não teriam igualmente qualquer motivação para posteriormente abandonar Pernambuco (talvez para trabalhar, mas trabalhar para quê se esta recebendo tudo de graça?).

Seguindo este raciocínio e aceitando-se que a História acontece por intervenções individuais, muito provavelmente o PT teria sido criado na mesma época que foi. Teria se desenvolvido mais ou menos da mesma forma, porem teríamos sido poupados do nosso 'estadista' atual, que estaria satisfeitíssimo de sua vida, recebendo seu Bolsa Família honestamente sem precisar trabalhar.
Portanto, eu acho que meu amigo esta certo, entre aspas...

Que JC ilumine!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

UMA MAROLA CHAMADA KATRINA

Ao contrário do furacão Katrina que chegou sem avisar, ou se avisou ninguém repassou o recado, esta crise financeira mundial já era consenso comum e esperada a mais de um ano. E mesmo com muitos não querendo acreditar, aconselhando irresponsavelmente o aumento do consumo pelos contribuintes, a “marola” chegou com força total.

A recessão bate palma no portão e mais por especulação e desconhecimento, as pessoas estão convidando a entrar! E ela rapidamente entrou, se instalou confortavelmente na poltrona enfrente a TV e com os pés em cima da mesa assiste a posse do Obama.

Tanto na Europa quanto no EUA a crise vem atingindo níveis alarmantes. O desemprego alcançou o maior índice dos últimos 40 anos nos EUA. Recentemente um amigo que se encontra na França me informou as séries de preocupações ocorrendo por lá.

Por aqui o índice de demissões atingiram números de 654.000 em pleno mês de Dezembro, período que historicamente aumentava as frentes de trabalho em detrimento do Natal.

O BC já acena reduções da taxa Selic acima de um pp, e reduziu consideravelmente as taxas compulsórias, porem os banqueiros nada fazem para baixar o spread. Henry Ford estava certo ao afirmar que melhor que roubar um banco é montar um, afinal o banco é um “amigo” que lhe empresta um guarda-chuva num dia de sol e lhe toma no dia de chuva. Só na RMBH demitiram 1.850 bancários no bimestre passado.

Fusões do setor vão reduzindo a concorrência e aumentado à possibilidade de cartelização já que a política do BC é de livre concorrência das taxas de juros oferecidas. E banqueiro bonzinho é igual cabeça de bacalhau. Se tem ninguém conhece!

Nas diversas câmaras setoriais da FIEMG, o consenso é comum. O empresariado só contrata quando se sente seguro que haverá demanda e a realidade cria o sentimento oposto. A Fiat anuncia mais um plano de férias coletivas de 10 dias e várias empresas terceirizadas do setor confirmam redução do quadro funcional em torno de 20%.

A história nos comprova que nas grandes atribulações mundiais e que ocorreram as mudanças que progrediram a humanidade. Digo sempre que crise é sinônimo de oportunidade. E para o PT é a maior a chance de provar que sabe e pode administrar um país e o Presidente Lula eleger seu sucessor.

O momento urge com atitudes coerentes por partes dos sindicatos e empresários, comandadas pela União, que inicialmente terá que cortar na própria carne, reduzindo alíquotas e tributos, além de postergar prazos de pagamentos dos mesmos.

O PT do poder tem de parar de se comportar como se política econômica fosse uma luta do bem contra o mal e propor ações menos populistas e mais consistentes. Caso contrário vou começar acreditar que a astronômica aceitabilidade atingida pelo governo confirma a afirmação de Colton, que um tolo sempre encontra a outro maior, que o admira.

Que JC ilumine a todos

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

SOBRE O BRASIL...

Depois de mais de 15 anos na pauta, com as discussões iniciadas no governo FHC, a agenda das várias reformas institucionais necessárias à modernidade de nosso país, esgotou-se sem ser cumprida umazinha se quer.
O Brasil cartorial, corporativista e populista de uma falsa esquerda mais demagógica que reacionária impediu que ela fosse cumprida.

Nosso sistema tributário é radicalmente injusto e medieval. Somos servos, pagando 70% do que temos para os senhores feudais do governo. Nossa legislação trabalhista não estimula a abertura de frentes de trabalho, muito antes pelo contrário, criam mais medidas populistas, tais como estabilidade para funcionário que esposa ou companheira estiver grávida...

Nosso sistema previdenciário é insustentável a beira da banca rota pagando uma contribuição cada vez mais minguada, enquanto que o dos servidores públicos são tão bem alicerçados (os magistrados que o digam...).

Quanto a educação, não vou perder tempo em descrever o corolário desta missa, que todos nós, em especial o professor universitário Écio Marques, já sabem de cor em latim, hebraico, mandarim e sanscrito!

Além de um conjunto de agências reguladoras que regulam apenas seus interesses, quando nem isso ( Anac, Anatel, etc... podia ter também a Anal para regular o tamanho da *?!* que vai entrando na gente e a Anarquia que terá a função de imoralizar ainda mais nossa pseudomoralizada presidência (Dólar na cueca, Waldomiro, grampos, sanguessugas, José Dirceu, Dona Marta ..."eu não sei de nada").

O fim da reformas coincide com o fim do Lulismo. Um período de grandes avanços graças ao período de progresso desregrado do sistema capitalista liberal. O maior mérito de nosso alcaide é que o mesmo deu continuidade a política FHC e deixou o BC dar as cartas.

Medidas para combater a crise têm-se muitas, mais certamente distribuir dinheiro além de ser a mais fácil, é a mais inconsistente. O momento é para chamar as partes envolvidas: sindicato, governo e empresários; e cada um ceder um pouco. O governo postergar o pagamento de impostos, tal o governador Aécio Neves fez com o IPVA dos caminhoneiros em Minas. Os empresários se comprometerem a manter as vagas e o sindicato negociado os níveis salariais a patamares mais aquecessiveis. Este é apenas um exemplo, existem muitos outros, basta apenas descer do trono e escutar as partes.

Hoje Lula esta como uma estrela com muita luz e seu calor poderá eleger até seu sucessor, que poderá dar continuidade a seu programa social populista... Porém, como disse Chico Buarque: "amanhã vai ser outro dia" e tenho fé que neste dia estas reformas vão ser resgatadas das gavetas das frivolidades e passarão a colaborar valorosamente na potencialidade de nosso país!

Os europeus possuem um sistema tributário, previdenciário e educacional justo. Pagam impostos, mais recebem benefícios reais. Achando que aqui também é assim, é obvio que gostariam de gozar de mais privilégios, tais nosso presidente distribui.
Por este motivo a opinião positiva dos europeus referente ao nosso presidente e seus programas de políticas sociais.

O Brasil precisa urgentemente de mais de 7.500 reformas políticas, mais de 7.500 escolas técnica, mais de 7.500 hospitais públicos, mais decididamente o que não precisamos e de mais 7.500 vereadores... Os que estão ai já dão conta da incompetência!
Que JC ilumine.