sábado, 31 de julho de 2010

Herrar é umano...

Mais permanecer no erro é tolice. Dizem que o pior cego é o que não quer ver, ditado oriundo de um suposto incidente ocorrido na cidade francesa de Nimes, em 1647, onde o médico Vincent Paul D’Argent realizou o primeiro transplante de córnea com sucesso.

Aconteceu que o paciente de nome Angel, após a intervenção ficou aterrorizado com o mundo que passou a conhecer e solicitou que arrancassem seus olhos novamente, pois o mundo que ele imaginava era muito melhor do que o real.

Já em seu romance de 1995, “Ensaio sobre a cegueira”, o escritor português José Saramago faz uma intensa crítica aos valores da sociedade, e ao que acontece quando a visão falta à população.

Os acometidos por uma ipedemia de “cegueira branca” são agrupados em um manicomio desativado em estado de quarentena. Lá os diversos sentimentos humanos irão se desenvolver sob diversas formas: lutas entre grupos pela pouca comida disponibilizada, compaixão pelos doentes e os mais necessitados, como idosos ou crianças, embaraço por atitudes que antes nunca seriam cometidas, atos de violência, abuso sexual e assassinatos.

Saramago leva-nos nesta obra a refletir sobre a moral, costumes, ética e preconceito numa sociedade consumista e supérflua.

Esta mesma sociedade que o professor e pensador americano Leo Huberman demonstrou a evolução na obra “A Historia da Riqueza do Homem”. Nela esta contida de forma sucinta o desenvolvimento do sistema capitalista do modelo feudal até meados do século passado, mostrando de forma clara e real as transformações sofridas pela sociedade num todo a partir das mudanças econômicas, apontando assim como um sistema de negócios pode diretamente alterar a vida do homem.

O que pode-se tirar de tudo isto, é que o progresso moral não acompanhou a evolução tecnológica, pois mesmo hoje, no tempo da internet, dos megas computadores e das tecnomaquinas, a essência moral do ser humano continua na barbaria. Encontramo-nos distantes dos ensinamentos do Cristo e urge a necessidade de mudar este mundo.

Porem só existe uma só maneira de se mudar o mundo. Devemos mudar primeiro a nos através da reforma íntima. A natureza nos ensina que se colhe apenas aquilo que se planta. Pessoas tolas erroneamente querem plantar o ódio e colher amor. Plantar a intolerância e colher a complacência... Seria a mesma coisa de colher laranja em uma bananeira.

A semeadura é livre, porem a colheita é obrigatória. Pense bem, antes de iniciar o plantio na lavoura de sua vida...

Que JC ilumine!

sábado, 3 de julho de 2010

Vai que é tuuuua Brasil...

Durante a partida de Atlético Mineiro e Botafogo na comemoração de inauguração do estádio do Cruzeiro em 1949, os jogadores Afonso e Santo Cristo disputavam a bola para saber de quem era o lateral. Quando o beque do Atlético perguntou ao juiz Alcebíades de Magalhães Dias de quem era a bola, o mesmo deixou escapar: – É nossa, Afonso, a bola é nossa. A partir desta data, ficou conhecido como Cidinho “bola nossa”.

E foi o próprio Cidinho que tempos depois demorou três horas para encerrar a partida entre Sete de Setembro e Asas que se enfrentavam na cidade de Lagoa Santa. O motivo? O resultado interessava ao Galo, que jogaria daí a poucos dias com um dos dois times na próxima fase do campeonato. Então, "o negócio era cansar o adversário".

Os casos acima demonstram que a arbitragem pode muito bem influenciar no placar de uma partida, porem não foi isto que aconteceu no fatídico Brasil x Holanda da Copa de 2010. O arbitro japonês apesar de interromper o jogo diversas vezes, foi imparcial para ambos os lados. O Brasil perdeu para o melhor time da copa, ele mesmo.

Um time apagado, com três volantes e nenhuma direção. Basta dizer que se Michel Jackson morto, faz muita falta o Felipe Melo vivo faz muito mais. Faltou a leveza do futebol moleque, da ginga, do amor à camisa.

Porém seria injusto afirmar que todo o time foi medíocre. Não, um homem honrou a camisa da seleção e merece entrar para a historia das “amarelinhas”. Lúcio, o zagueiro, o armador, o atacante, o tudo. Tirando ele, o resto é resto.

Sei que ser técnico da seleção brasileira neste país é mais difícil que ser presidente da república, pois somos uma nação de técnicos cujo primeiro presente é a camisa do time preferido do pai, seguido de uma bola.

Chegamos até longe demais. Já nos primeiros jogos o selecionado venceu, mas não convenceu. O time foi mal escolhido. O Dunga nunca foi técnico de nada, e mesmo assim deram a Seleção Brasileira para um iniciante, que apesar de uma origem humilde, perdeu-a no decorrer de sua jornada terrena.

Pois é... O Dunga não levou o Ganso e nos pagamos o pato...

Que JC ilumine!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mirabela da Serra

A noite caía fria na pequena, ainda que próspera cidade de Mirabela da Serra. Porem nem o vento gélido que cortava as orelhas dos passantes evitavam que uma pequena multidão aglomera-se á porta da câmara municipal. Era segunda-feira, dia da reunião semanal daquela instituição e apesar de nas maiorias das vezes as sessões serem enfadonhas por discutirem assuntos que não interessavam a ninguém, aquela por especial eram bem diferente.

O objetivo desta vez era exigir explicações das sucessivas atitudes descabidas por parte do representante mor do executivo, o prefeito Idalício Porqueiro.
Aquilo já era por se esperar, afinal durante sua campanha como se não bastasse ter prometido que iria tirar todas as subidas do logradouro e deixar somente as decidas, anunciou também a construção de uma gigantesca usina de fabricação de melaço movida a energia atômica que acabaria com o desemprego e a miséria daquele sertão, juntamente com uma lagoa com água do mar para que Mirabela tivesse sua própria praia. E como alertou o poeta francês Boileau “Um tolo encontra sempre outro ainda maior, que o admira”, não deu outra, o mequetrefe foi eleito.
A primeira obra após sua posse foi uma rampa ligando a praça com a prefeitura e uma vez por mês vestia seu melhor terno e subia solenemente a falda ao lado do diligente comandante do destacamento de policia, guarda Abelardo, atitude esta similar à realizada naqueles tempos por um Presidente da Republica lá em Brasília para adentrar no Palácio do Planalto.

E dali para diante foram uma sucessão de obras indevidas que não beneficiaram em nada a população e sim ao Idalício e seus apadrinhados. Era compra de gados que ele afirmava ser para transformar em bife para a merenda escolar, porem por falta de um curral municipal, ele generosamente “guardava” em sua fazenda. Outra hora fechou o hospital da cidade e comprou ambulâncias importadas para levar os pacientes para tratar na capital. De certa feita resolveu os problemas das constantes enchentes do córrego da Anta que cortava a cidade colocando em sua extensão placas para que a população evita-se aqueles locais em caso de chuva forte e para completar, nomeou todos seus parentes como assessores em seu gabinete.

Pode-se enganar muito tempo pouca gente, da mesma forma pode enganar muita gente durante pouco tempo, porem nunca se consegue enganar a todos, o tempo todo e assim deu no que deu... Audiência publica para exoneração do prefeito.

_Eu não sei de nada e sou inocente destas falsas acusações. Tudo que fiz foi pelo povo. Afirmava de dedo em riste o Edalício Porqueiro em rebate ao vereador Lucas Luciano.

_ Como pode ser inocente se todo o gado que o senhor vendeu foi comprado com dinheiro da prefeitura... Ta aqui a nota e o recibo feito com a sua letra. Apresentou o vereador.

Diante das evidencias o larápio político se viu obrigado assumir e rubro de raiva disparou:

_ Sou culpado sim... Mais o padre Clovis tem mais culpa que eu... Arrematou para a platéia escandalizada com tamanha indignidade, pois o cônego nunca teve nenhum envolvimento com o alcaide.

E completou:

_ Afinal de contas a culpa é minha e eu ponho em quem eu quiser!!!!

Que JC ilumine!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Alfredo e o comunista...

O Alfredo sempre foi uma pessoa muito polida. Dono de uma capacidade especial de interagir com todos a sua volta. Encontrava-se desta vez na plataforma central da estação da capital aguardando o trem de retorno para sua pequena Mirabela da Serra. Escutava atentamente o discurso que lhe dirigia um homem atarracado, muito branco e com um sotaque carregado. Era recém chegado da Rússia e se intitulava comunista. Ufanava-se de boca cheia, que seu sistema político era o melhor do planeta. Discorria com veemência como o regime era justo para o povo:

- A revolução socialista beneficiou a todos, pois trata todos com igualdade. Arrematava o bolchevista.

-Ninguém era proprietário de nada. Esclarecia o cidadão. Tudo era coletivo e devidamente repartido igualmente entre todos.

E os carros? Interrompeu com paciência o Alfredo

– O carro é seu, é meu, e também do vizinho.

E as casas? – Também! A casa pertence a mim, a você e a todos que podem morar nela.

E roupas? – A mesma coisa. Uma para mim, para você e para todos.

Então tudo é divido? – Tudo é divididinho.

Até galinha? – Ahhhh galinha não.

Uai! Por que galinha não? Retrucou espantado o Alfredo.

– Porque galinha eu tenho! Respondeu o polaco, sussurrando e olhando para os lados...

Que JC ilumine!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Onde moram os anjos...

Ele queria conhecer um anjo. Durante muito tempo ficou imaginando como seria um. Seria alto ou baixo? Louro ou moreno? E a cor? Teria anjo oriental. Achou que sim, afinal japonês também tem direito a anjo da guarda. Deus é pai de todos e trata todos iguais. Ta certo que alguns um pouco mais desiguais que outros... Mais fazer o que né? E a danada daquelas asinhas? Será que teriam aquilo mesmo em todos eles? E o tal do sexo dos anjos que o pessoal vive a discutir... Qual seria realmente?

Onde dormiam? Como era a casa deles? Consistia o paraíso tal como o padre Clovis descrevia durante as aulas de catecismo que ele freqüentara há tanto tempo atrás lá em Mirabela da Serra? Bons tempos aqueles... Tentou pegar pela memória quando foi a ultima vez que entrou numa igreja e ai percebeu que já se iam anos.

E assim ele ia levando sua singela vida. Humilde porem generoso, com o coração puro ia daqui e dali ajudando dentro do possível o seu próximo. Chamavam-lhe Alfredo e era conhecido por toda a região pela sua polidez além de sua fé inabalável.

Contavam que de certa feita ao levar o pároco Wagner para realizar o casamento da filha do coronel Victor em sua fazenda no vilarejo vizinho, o carro acabou a gasolina e como não havia posto na região o religioso sugeriu-lhe jocosamente que colocasse água no tanque de combustível e se tivesse bastante fé, ela se transformaria em gasolina possibilitando o retorno tranqüilo.

Alfredo acatou o conselho e encheu o reservatório com água de uma biquinha que ali existia. Fez uma oração e em seguida virou na ignição. O carro pegou na hora. Ele partiu acenando para o padre, que ficou na soleira da porta observando-o ir ao longe, dizendo para si: _Vai ter fé assim lá no inferno!!!

E foi com esta mesma fé que naquele dia Alfredor resolveu orar a Deus pedindo que lhe concedesse a graça de conhecer um anjo. Ele orou, orou, orou... Até que escutou uma voz divina dizendo: - Dirija-se agora mesmo à venda do Olimpio Espanhol, adquira uma caixa de leite e em seguida entregue ao morador da Rua Professor Marques 48, e seu pedido será atendido...

A principio o medo assolou-lhe. Afinal já era noite alta e alem de chover a cântaros, os destinos eram opostos e distantes. Porem a curiosidade falou mais alto e apesar de todas as adversidades partiu para sua intentona angelical.

Ao final da longa e cansativa jornada de quatro horas, chegou à porta do endereço indicado deparando-se com um casebre miserável donde emanava um choro de criança. Todo encharcado e com a encomenda nas mãos pensou que o Criador tinha lhe pregado uma peça. Como um anjo poderia morar numa espelunca daquelas?

Ao bater na porta, esta se abriu e uma mulher franzina chorando copiosamente caiu de joelhos aos seus pés e erguendo os braços em louvor dizia: Obrigado meu Deus por ter atendido minhas preces e enviado um anjo trazendo leite para matar a fome de minha filhinha adoentada...

Naquele instante, Alfredo entendeu para sempre onde se encontrava os anjos. Juntamente com os demônios, habitam dentro de nos, sendo de nosso livre arbítrio decidir qual deles deve ser libertado diariamente independente dos infortúnios que o destino possa nos presentear. Atentos que a semeadura é livre, mais a colheita obrigatória.

E você? Também não anda precisando conhecer um anjo?

Que JC ilumine!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sobre espinhos e rosas...

Um amigo me ligou aflito, preocupado com minha pessoa, já que vem percebendo que minhas crônicas estão muito amargas e que de cada situação só vejo os entraves e os espinhos. Jurei-lhe que minha sensibilidade não encontrava-se abalada, não perdi a ternura e nem apresentava-me com o coração endurecido. Para prová-lo, hoje não falarei de espinhos e sim das rosas...

Rosa... Rainha das flores, unânime e perpetua.

Rosas perfumadas, lindas e cheirosas... Rosas brancas, amarelas, vermelhas e rosa...
Rosa para cada ocasião. Em corbelha ou em botão desassossega qualquer coração.
No buquê para a chegada saldar... Em coroas a partida prantear...

Passam pelas igrejas, ornamentam os salões. Presente em castelos ou em humildes porões. Com tudo combinam, a todos encantam...

As vermelhas demonstram paixão, as brancas a amizade e amarelas para comemoração... Já as rosas endossam carinho, mesmo tendo todas elas espinhos...

Que elas não falam Cartola já advertiu; porem na expressa mudez das entre linhas, convencem... Consagrada a Afrodite, acedeu ao desejo mundial... De Cleópatra a Botticelli... De Florença a Macau...

O poeta francês Saint-Exupéry disse que “Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa” e completa: “Foi o tempo que perdeste com a tua rosa, que fez a tua rosa tão importante”.

Se a comédia tem por finalidade mostrar o lado hilário das coisas serias, é certo que a rosa criada por Deus vem unicamente provar que nesta vida não existem jornadas sem tormenta, tal como não existem rosas sem espinhos...

E se por acaso, o leitor amigo chegou até esta posição, receba uma rosa imaginaria como prova de minha gratidão.

Que JC ilumine!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Queime as pontes...

Em essência os candidatos são iguais, mudam-se apenas os estilos. São duas faces de uma mesma moeda cunhada no populismo de governos oriundos do inicio da república. Sobrando a nos, a obrigação de escolher qual fará a diferença para o futuro de nossa nação.

O ministro Mantega aconselha pelo continuísmo da política econômica atual ao próximo governante para que o país continue a crescer uma média de 5% aa. Esta ação colaboraria para acelerar o choque ao caos que aguarda nossa economia. Persistir neste modelo populista sem investimentos em infra-estrutura nos conduzirá a um colapso nos próximos cinco anos como alerta recentes estudos da FGV que aponta uma ruptura no escoamento de insumos, matéria prima e produtos finais alem da produção agrícola, por falta de investimentos nos diversos canais de distribuição, tais ferrovias, hidrovias e rodovias. Sem contar que estas obras gerariam centenas de postos de trabalho e aumento de arrecadação.

Como se não bastasse os milhões enviados aos irmãos Castro durante seu mandato, uma semana depois de Lula retornar da desastrosa jornada pelo Oriente Médio, onde brincava de mediador da paz, começou a tramitar no Senado um projeto analisando uma doação do governo brasileiro a Autoridade Nacional Palestina (ANP) de 25 milhões de Reais para a reconstrução da Faixa de Gaza. O problema é que desde 2007 Gaza é controlada pelo Hamas, um grupo terrorista que não reconhece a legitimidade da ANP. É o PT ajudando os terroristas de Gaza e deixando faltar Gaze para os aterrorizados usuários do SUS...

Esta doação a Maomé colaboraria muito no aumento da qualidade de nossa malha viária e ferroviária para escoação de nossa produção ou no investimento da modernização, evitando o certo futuro apagão de nossa rede de distribuição elétrica. Porem até agora nas propostas de governo da candidata petista não houve qualquer menção neste sentido. Pelo contrario vejo apenas palavras desconexas e sem sentidos reforçados por uma postura intransigente adotada durante toda sua estada no governo, tornando-se célebre pelo estilo “tapa na mesa”.

A experiência corporativa me ensinou que modelo de dar tapa na mesa é coisa de profissional que não possuem argumentos. Nem os militares na época da ditadura agiam assim. É certo que o General Nilton Cruz adotava este método, similar a estratégia de Julio César de “queimar as pontes”, mais invariavelmente aparecia o Golbery para apagar os incêndios e contornar a situação.

Queimar as pontes foi uma estratégia militar que obrigava os soldados a lutarem com mais ferocidade, pois não havia como fugir, porem a adoção deste estilo no âmbito da administração funestamente acarreta que os atritos se tornem inevitáveis indo de encontro aos conselhos de Sun Tzu, de buscar ganhar o combate com o menor esforço possível.

O ideal é a busca da conscientização do papel de ponte que cada um representa em seu ambiente através das quais outras pessoas poderão ter uma vida melhor. Construir pontes melhora a comunicação ampliando as possibilidades de realizações pessoais e sucesso profissional. Afinal a intolerância gera resistência natural e ocasiona na improdutividade do todo. Ser ponte é ouvir e unir opiniões distintas através de atitudes transparentes e verdadeiras.

A principal característica de um verdadeiro estadista é a capacidade de unir os opostos na hora da necessidade. É ter o respeito pelas diferenças, buscando integra-las. Ouvir e entender, mesmo que não concorde, o lado do outro. Qual dos atuais candidatos se aproxima mais deste conjunto de virtudes? É neste que pretendo votar...

Que JC ilumine!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O leme do Titanic...

“Nem Deus afunda o Titanic”... Esta foi a frase atribuída ao engenheiro Bruce Ismay, responsável pelo projeto e com a qual supostamente finalizou seu discurso de batismo do imenso navio Classe Olympic, porem em sua primeira e derradeira viagem, a mais moderna de todas as naves fabricada até aquele período, sucumbiu ao recalcitrar-se contra um iceberg em uma calma e fria noite de 1912. Comprovadamente a historia teria sido outra se o capitão do barco estivesse na ponte ao invés do salão de baile. Ele poderia ter evitado o sinistro, fato que o inexperiente marujo que se encontrava ao timão naquele momento trágico não conseguiu.

Atualmente estamos presenciando uma história similar. O Brasil enfrentou as tempestades econômicas, superou a crise mundial, passou ileso onde outras nações naufragaram. Agora, nosso presidente Closeau, quer passar o leme para o grumete Dilma, que pelas ultimas entrevistas atesta o total despreparo para dirigir a embarcação Brasil. Ela não possui bagagem suficiente para comandar nem o município de Santo Antonio de Goiabal do Norte, porem nosso mandatário não enxerga isto e como não existe uma única pessoa no Planalto capaz de admitir ou faze-lo entender que ele pode cometer erros nas coisas que diga, pense ou faça a situação tende a piorar.

Enfim o presidente não corrige nenhum dos seus erros, pois esta convencido que não erra nunca, alem de sua turba estimula-lo excessivamente a continuar errando. Na minha terra dizem que quem não erra é Deus ou doido. E é publico e notório que Lula não é Deus.

Pelo menos é um político de palavra. Afinal ele e o governador carioca Sergio Cabral cumpriram o prometido: água e esgoto na casa de todo mundo como foi comprovado nestes últimos dias no Rio de Janeiro.

Em mitologia, Pandora foi a primeira mulher que existiu, criada por Zeus que destinou-a especie humana como punição por terem recebido de Prometeu o fogo divino. Era dotada de grande esplendor porem possuia em seu coração a traição e a mentira. Foi enviada a Epimeteu, a quem Prometeu recomendara que não recebesse nenhum presente dos deuses. Vendo-lhe a radiante beleza, Epimeteu esqueceu o lhe fora alertado pelo irmão e a tomou como esposa.

Epimeteu mantinha em seu poder uma caixa dada-lhe pelos deuses, que continha todos os males que assolavam a humanidade. Orientou sua mulher Pandora que não a abrisse. Porem esta não resistiu à curiosidade e ao abri-la os males escaparam permanecendo somente um único bem, a esperança. E dali em diante, foram os homens afligidos por todos os males.
Dilma é tida na seara politica como arrogante, prepotente, inflexivel e autoritária, o que significa caso assuma a presidência, além de nos infligir todos os males possiveis resultado de seu temperamento, nem com a esperança poderemos contar pois esta tambem fugirá!
Que JC ilumine!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Um elefante amola muita gente...

A historiadora inglesa Lucy Moore, publicou recentemente uma obra intitulada “A Ópera dos Ladrões”, que ao contrario do que se imagina inicialmente nada tem haver com o nosso Palácio do Planalto e sim com a vida de dois personagens Londrinos do século XVIII.

Jack Sheppard e Jonathan Wild são duas faces da mesma moeda. Sheppard é um ladrão independente e Wild um recuperador de itens roubados que tem sua própria quadrilha para furtar artigos que em seguida são recuperados por ele, que cobra por estes serviços.

Os dois personagens passaram suas vidas em sucessivos conflitos pela disputa de territórios onde pudessem “reinar” impune em seu império de crimes, porem o final de ambos foi de encontro ao cadafalso pelas mãos da justiça. Todos os esforços que fizeram para criar um universo de subterfúgios para provar suas (falsas) inocências, foram infrutíferos, pois o único elemento que não sobrevive à mentira é o tempo. E com este ficou claro a todos, quem era quem.

Historia como de Sheppard e Wild povoam a evolução humana. Um destes primórdios casos foi do mitológico Cronos tido como o mais corajoso dos Titãs e o único com coragem de livrar sua mãe dos castigos de seu pai Urano. Após sua vitória tornou-se rei supremo dos deuses no lugar de seu progenitor e gerou muitos filhos, porem tal qual o pai, temia que um de seus filhos tomasse-lhe o poder, e para evitar este risco passou a devorar-los toda vez que estes nasciam. O único filho que escapou desta sina, foi Zeus, que usurpou-lhe o trono posteriormente.

Casos assim comprovam o que Chico Xavier sabiamente não cansava de repetir: “Na vida tudo passa”!

É claro que comparar mitologia com nosso estagio evolutivo atual é como “conto da carochinha” para criança ou como as parlendas; aqueles versos infantis curtos e simples recitados durante brincadeiras, tais “Cai, cai, balão” ou “Atirei o pau no gato”.

Ou ainda como o do elefante que amola muita gente, porem se tratando do nosso cenário político, sugiro adaptar para “Um político sujo amola muita gente”... Este bando que esta aí amola muito mais!

Que JC ilumine!

sábado, 27 de março de 2010

“Nunca tantos deveram tanto a tão poucos...”

A frase titulo deste artigo foi dita pelo 1° Ministro britânico Winston Churchil (1874/1965), exaltando o heroísmo dos pilotos da RAF que, com seus poucos aviões, digladiaram com as numerosas aeronaves alemãs pelos céus da Grã-Bretanha, durante a II Guerra Mundial. E, se os aviões eram poucos, os pilotos mais ainda. Os abatidos durante as batalhas nos céus, assim que caíam em seus pára-quedas, eram resgatados e levados para alguma pista próxima onde embarcavam em outros aviões, para retornarem aos acirrados combates aéreos.

A estratégia nazista previa invadir o país facilmente após devastar as frágeis defesas aéreas inglesas. Porem não esperavam tamanha bravura, tenacidade e sobretudo, o patriotismo dos defensores. O povo se uniu em prol de um objetivo comum a todos ali: Liberdade; tudo deveria ser feito por um país livre dos facínoras nazistas.

Acredito ser este episodio apropriado para comparar com nosso cenário político atual. O Brasil encontra-se com suas defesas políticas em frangalhos e um deserto de políticos honestos ou pior, incompetentes. Estamos indefesos contra a corrupção que ocupa as diversas esferas dos Três Poderes deste país. O Legislativo só legisla em causa própria. O Judiciário navega em mordomias e atua propositalmente com a agilidade de um paquiderme exausto. O Executivo então nem se fala. É pior que a latrina de uma pocilga. O nosso atual mandatário se auto-proclama o presidente do povo... Do povo dele!

O escritor mineiro Affonso Romano de Sant`Anna, em seu Poema DA MENTE ilustra com propriedade nossa situação atual: ”Há um presidente que mente; Mente de corpo e alma, completa/mente.
E mente de maneira tão pungente, Que a gente acha que ele, mente sincera/mente,
Mais que mente, sobretudo, impune/mente... Indecente/mente. E mente tão nacional/mente, Que acha que mentindo história afora, Vai nos enganar eterna/mente.”

Nossa democracia esta sendo mutilada para se transformar em um regime stalinista com a ingerência do Estado em todos os setores. O Estado não entende nada de política gerencial. Principalmente o PT com seus filiados insanos que nunca trabalharam. Um elevado quinhão de administradores do governo, quando pensam, fede e quando falam excrementam.

É notória a constatação da afirmação do repórter da EXAME, Adriano Silva, que a face institucional do PT, ao longo dos últimos 8 anos, se mostrou muito mais interessada na apropriação pessoal dos bens públicos do que na desapropriação estatal dos bens privados.

Mediante tais razões, o governador Jose Serra devia agir como o povo inglês durante a II guerra mundial e abdicar de sua candidatura, não por incompetência e sim por valores morais e patrióticos, em detrimento de uma chapa composta por Aécio Neves e Ciro Gomes, pois somente esta aliança poderá fazer frente ao nefasto perpetuamento de um estado ditatorial resultante da eleição de Dilma Rousseff.

No século XVI o poeta inglês John Donne (1572/1631), num belo verso de sua obra “Meditações XVII” no qual o escritor americano Ernest Hemingway (1899/1961) deu destaque em seu livro editado em 1940 “Por quem os sinos dobram”, dizia o seguinte: “A morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.

O mesmo Donne, afirmou naquela época que nenhum homem é uma ilha, portanto não esta sozinho e suas ações refletem diretamente no resultado do todo. Assim urge que cada um de nos faça sua parte, pois o final da historia de ontem é impossível alterar, porem mudar o início da historia de amanha, não só podemos como devemos.

Que JC ilumine!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Os gansos do Capitólio...

Em seu livro Leviatã, o pensador inglês Thomas Hobbes (1588/1679) defende a necessidade das convenções para a convivência e sobrevivência da humanidade. Através do ato político e jurídico, cria-se um pacto social que será obedecido por ser de vontade geral denominado “republica”. O soberano escolhido para chefiar a república será o responsável por manter os diversos pactos em detrimento ao interesse coletivo, mais nunca em interesse próprio.

Ele cita a historia ocorrida em 390 a.C. quando os gansos que protegiam o Capitólio Romano grasnaram, denunciando a infiltração silenciosa dos bárbaros e evitando que as tropas de Roma fossem atacadas traiçoeiramente destruindo assim o estado republicano.

Recentemente o General Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento Geral do Pessoal do Exército opinou sobre a comissão criada para investigar os supostos crimes cometidos pelos integrantes das Forças Armadas durante os anos de chumbo.

Analogicamente comparou esta comissão que definiu como “comissão da calunia” a santa inquisição espanhola comandada pelo Padre católico Tomas de Torquemada (1420/1498) que foi famosamente descrito como "O martelo dos hereges, a luz de Espanha, o salvador do seu país, a honra do seu fim".

O “herói” e "popular" Torquemada foi responsável em sua época pela martirização de mais de 2.200 pessoas entre judeus e muçulmanos no reino de Aragão e Castela.

Na mesma semana destas declarações, uma nota oficial assinada por 67 bispos católicos, membros da mesma instituição que criou a inquisição e apóia o MST e outros movimentos similares, foi publicada e acusa o governo de “intolerante”, alem de recorrer a "métodos autoritários" para garantir a aprovação do terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos mais propriamente conhecido como “rebu na zona”. Dá de tudo que é coisa ruim.

Tal como os bispos, o General Santa Rosa desempenhou o papel dos Gansos do senado, grasnando para o povo Brasileiro o ataque silencioso que busca solapar o estado democrático de nosso país. Porem em vez de ser ovacionado foi exonerado, acusando de insubordinação pelos falsos democratas.

Estou convicto que o General tinha certeza desse desfecho quando tornou pública sua opinião, porem suas convicções e respeito à democracia não lhe deixaram calar.

Urge que a sociedade comece cobrar de nossas autoridades uma posição de transparência, honestidade e respeito à democracia, pela qual chegaram ao poder e agora tentam transfigurá-la em um estado ditatorial.

Se em nome dos “Direitos Humanos” exoneraram um trabalhador honesto e cumpridor de seus direitos, me sinto a vontade para convocar ao Ministério Público que em nome dos “Deveres Humanos” (ser honesto, diligente, cumpridor de suas obrigações e respeitador das Leis) exonerem todos os políticos envolvidos em falcatruas espalhados pelo nosso Brasil, a começar pelo inimigo da liberdade de impressa, o ministro dos Direitos Humanos Paulo Vannuchi.

Que JC ilumine!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Pão e Circo...

Podemos afirmar que Joseph Goebbels, (1897/1945) é o pai do marketing político moderno utilizado mundialmente. Como ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista de 1929 afirmava que “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade".

Esta mesma ferramenta nefasta esta sendo utilizada atualmente para eximir ou promover o desempenho e condução da governabilidade de nosso país. O PAC é o seu maior exemplo. Possui apenas propósitos eleitoreiros e como tal estão inaugurando até carrinho de pipoca alem de inúmeras obras inexistentes. Nunca na historia deste país se inaugurou tantas “pedras fundamentais”. Obra concluída mesmo, poucas! Instituições de ensino ou pesquisa mesmo nem se fala!

Em 69 d.C. o Imperador Romano Vespasiano para justificar a construção do grande teatro Coliseu através do aumento de impostos, proferiu que o povo precisava de pão e circo.

Hoje, centenas de anos depois, esta afirmação se encontra mais atual que nunca. Basta um pouco de Futebol, carnaval, BBB e um “mucado” de Axé aliados a mais uns “punhados” de Bolsa-Família, Vale Leite, Vale Cultura, para que o povo desaperceba das verdadeiras necessidades de nossa gente. Por que não dar ao povo informação e livros? Porem a quem interessa um cidadão culto com capacidade de discernimento?

Não! Ao povo, apenas pão e circo. Se der educação eles poderiam começar a questionar por que no nosso vizinho Paraguai, que não possui nenhum poço de petróleo, a gasolina custa R$ 1,45 o litro e sem adição de álcool. Já na Argentina, Chile e Uruguai que junto produzem menos de 1/5 da produção brasileira, o preço da gasolina gira em torno de R$ 1,70 o litro e também sem adição de álcool.

Desde 2007 o Brasil apregoa que já é auto-suficiente na produção de petróleo e possui a terceira maior reserva de petróleo do mundo, que é o pré-sal, além de vender nosso álcool para os países vizinhos à R$0,35 o litro. Então me responda, por que nosso álcool esta na casa dos R$1,90 e a gasolina, que misturada com álcool, esta em R$ 2,70?

Se o povo tiver educação podem concluir que realmente, só há uma explicação, a ganância do Governo com seus impostos e a busca desenfreada dos lucros exorbitantes por parte da estatal brasileira que refina o petróleo explorado por ela mesma.

Se tiverem educação o que pensariam ao saber que todo presidiário com filhos tem uma bolsa para sustentar a família, dado pelo INSS, pois o coitadinho não pode trabalhar para sustentar os filhos, pois está preso? È o "Auxílio-reclusão" e o valor são de R$ 752,12, enquanto tantos trabalhadores sustentam suas famílias apenas com salário mínimo. E depois o presidente vem dizer que o INSS não tem dinheiro para pagar o reajuste justo aos aposentados!

Se tiverem educação poderiam começar achar muito escabroso que um ascensorista do Congresso Nacional ganhe mais que um Brigadeiro da FAB, responsável pela conservação e manutenção de uma esquadrilha de caças no valor de milhões de Dólares.

Se tiverem educação poderão concordar com afirmação do Padre Antonio Vieira sobre nossos governantes, que “Eles não querem o bem do povo. Eles querem é os bens do povo”!

Só que estes mesmos governantes estão se esquecendo ou com certeza desconheçam que em 469 a.C. em Israel, o Rei Suleiman mais conhecido como Salomão que foi agraciado por Deus como o mais sábios dos homens citou em Provérbios 21:13 que “Quem tapa o ouvido ao clamor do fraco, também clamará e não terá resposta”.

Que JC ilumine!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Haja pão para o povo da China...

Desconsiderando o infame trocadilho acima, em verdade, após a crise financeira um dos grandes desafios está na correção dos desequilíbrios que ao longo da última década se foram acumulado na economia mundial. Neste capítulo, a China tem um papel decisivo a desempenhar já que os seus excedentes externos de grande dimensão não são sustentáveis.

Após a morte de Mao Zedong, a nova liderança chinesa, encabeçada por Deng Xiaoping, conseguiu, com muita dificuldade e sacrifícios pessoais, reestruturar o país e ampliar a visão do povo chinês.

A economia chinesa tem, durante a última década, revelada uma evolução que aponta para uma redução do peso do rendimento do trabalho no PIB, um peso muito reduzido do consumo privado no total e um excedente externo extremamente elevado. Estes indicadores mostram, diz Charles Andrew Tang que é presidente binacional da Câmara de Comércio & Indústria Brasil-China; “uma economia que não encontrou o seu equilíbrio em termos de eficiência e de perspectivas de bem-estar”.

O modelo mercantilista Chinês não tem muito de inovador ou complexo. Desde os primórdios da história econômica da humanidade, uma nação sempre prosperou vendendo para outras nações. Até pouco tempo atrás, a China era uma nação pobre, e seu povo tinha a mente contaminada por três décadas de um socialismo mais preocupado com a pureza ideológica do que com promover o crescimento econômico e bem-estar social de seu povo.

Esse novo modelo demonstra uma evolução frenética, a passos largos em conquistar novos mercados e isto representa um problema que tem uma série de aplicações em Economia, desde a instabilidade de cartéis, até a dificuldade de coordenação internacional de políticas fiscais em épocas de crise.

Por exemplo, cartéis são inerentemente instáveis, pois cada firma tem a tentação de reduzir o preço para roubar o mercado das outras,

Hoje, a china produz com agilidade e custos bem menores aos praticados pelas diversas indústrias nacionais, ao ponto de fabricas transferirem suas produções para lá, fechando suas unidades no Brasil, ato imitado por diversos outros países.

Devemos ficar atentos a esta estratégia, pois os chineses estão adquirindo tecnologia e conhecimento rapidamente. Logo estarão produzindo por conta própria e aí, tais como gafanhotos, dominaram os mercados destas indústrias que perderão suas capacidades de concorrência resultando inexoravelmente numa onda de falências generalizadas conforme o conceito de equilíbrio da “teoria dos jogos” do Nobel de Economia de 1994, John Nash.

Porem como alertou o escritor sueco Johan Norberg "O capitalismo sem falência é como o Cristianismo sem inferno: ele perde sua capacidade de motivar as pessoas com suas prudências e medos”

Que JC ilumine!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Em Brasilia até durante o dia, todos os gatos são pardos...

A imoralidade apossou-se de nossa nação, sem nenhum resquicio de temor. Nossos homens públicos tornaram-se uma quadrilha de facinoras com o único objetivo de solapar o erário e pior; sem medo de retaliação da justiça, pois a mesma encontra-se no mesmo barco. A roubalheira esta a tantas, que além dos bolsos se enchem de dinheiro as cuecas e as meias. Sabem o que Brasília e BH têm em comum? As duas possuem um Arrudas sujo!

Mais o povo, não vê. Estão iludidos com a propaganda maquiavelica de uma politica populista manipulada. As classes mais humildes, acreditam que não pagam impostos. Que só os ricos amargam esta obrigação. Ledo engano. As classes C e D são as que mais contribuem para os cofres públicos sendo responsaveis por mais de 60% desta arrecadação.

Conforme Clair Maria Hickmann, diretora de estudos técnicos do Unafisco Sindical, a carga tributária no Brasil (total de impostos arrecadados dividido pela soma das riquezas do país - PIB) saltou de 28% para 38% no período de 1996 a 2005. Isso significa que de cada R$100,00 de riqueza produzida R$ 38,00 ficam para o Estado.

A arrecadação de tributos saltou de R$ 310 bilhões em 1999, para R$ 634 bilhões em 2004 e enquanto escrevo este artigo, o impostômetro me sinaliza que cada habitante já pagou este ano o valor de R$ 230,77 em tributos que já atingem a soma de 44 bilhões de Reais enquanto a FGV nos informa que a inflação ficou abaixo do esperado no acumulado do ano.

O financiamento do Estado brasileiro é efetuado pelos trabalhadores assalariados e pelas classes de menor poder aquisitivo, que são responsáveis por 61% das receitas arrecadadas pela União. A população de baixa renda suporta uma elevada tributação indireta, pois 2/3 da arrecadação tributária do país advém de impostos cobrados sobre o consumo. E imaginar que Tiradentes foi martirizado por lutar contra uma carga tributária de 1/5 (Daí a expressão “o quinto dos infernos”).

No final de dois mandatos do PT, impulsionada por uma política de reajustes sem precedentes em nossa história, a folha de pagamentos da União terá consumido a fabulosa quantia de R$ 1 trilhão, conforme reportagem de Luciana Pires do Correio Braziliense. Esta soma porem não esta ligada ao aumento do quadro de funcionalismo e sim da folha salarial. Carreiras com um perfil remuneratório em 2003 agora, em 2010, têm outro completamente diferente onde a remuneração média do servidor saiu de R$ 3,7 mil para R$ 6,8 mil ou casos como dos gestores governamentais, que ganhavam R$ 2,9 mil de salário inicial e hoje recebem R$ 12,4 mil.

E como se não bastasse este mês a Comissão de Anistia vai julgar dezesseis processos de filhos e netos de perseguidos políticos. Entre eles, três filhos de Leonel Brizola e dois de João Goulart que além do status de anistiado político, poderão receber cada um o ressarcimento de até 30 salários mínimos por ano de exílio. Como tanto Brizola quanto Jango ficou mais de 10 anos no exílio, o valor deve alcançar o teto de R$ 100 mil por anistiado. Lamentavelmente, o povo além de sustentar os filhos da mãe, terá também de sustentar os netos...

Estamos testemunhando a interpretação do livro “A revolução dos bichos” ao contrário. Este processo de aumentar a receita pilhando o povo e dividir entre seus pares foi criado para posteriormente dar suporte a um golpe stalinista, porem inverso ao da antiga União Soviética, quando o novo regime se instalou primeiro para se pagar depois e não antes como no nosso caso.

O melhor conceito para este momento é de um amigo que disse que a evolução petista passou de capitalismo titubeante para um neomercantilismo desavergonhado; De democracia engatinhante para stalinismo ressurgente; Do poder presidencial para um poder imperial, e de certa ordem constitucional para um cipoal legal. Pensem bem nisto!

Que JC ilumine!