terça-feira, 27 de janeiro de 2009

UMA MAROLA CHAMADA KATRINA

Ao contrário do furacão Katrina que chegou sem avisar, ou se avisou ninguém repassou o recado, esta crise financeira mundial já era consenso comum e esperada a mais de um ano. E mesmo com muitos não querendo acreditar, aconselhando irresponsavelmente o aumento do consumo pelos contribuintes, a “marola” chegou com força total.

A recessão bate palma no portão e mais por especulação e desconhecimento, as pessoas estão convidando a entrar! E ela rapidamente entrou, se instalou confortavelmente na poltrona enfrente a TV e com os pés em cima da mesa assiste a posse do Obama.

Tanto na Europa quanto no EUA a crise vem atingindo níveis alarmantes. O desemprego alcançou o maior índice dos últimos 40 anos nos EUA. Recentemente um amigo que se encontra na França me informou as séries de preocupações ocorrendo por lá.

Por aqui o índice de demissões atingiram números de 654.000 em pleno mês de Dezembro, período que historicamente aumentava as frentes de trabalho em detrimento do Natal.

O BC já acena reduções da taxa Selic acima de um pp, e reduziu consideravelmente as taxas compulsórias, porem os banqueiros nada fazem para baixar o spread. Henry Ford estava certo ao afirmar que melhor que roubar um banco é montar um, afinal o banco é um “amigo” que lhe empresta um guarda-chuva num dia de sol e lhe toma no dia de chuva. Só na RMBH demitiram 1.850 bancários no bimestre passado.

Fusões do setor vão reduzindo a concorrência e aumentado à possibilidade de cartelização já que a política do BC é de livre concorrência das taxas de juros oferecidas. E banqueiro bonzinho é igual cabeça de bacalhau. Se tem ninguém conhece!

Nas diversas câmaras setoriais da FIEMG, o consenso é comum. O empresariado só contrata quando se sente seguro que haverá demanda e a realidade cria o sentimento oposto. A Fiat anuncia mais um plano de férias coletivas de 10 dias e várias empresas terceirizadas do setor confirmam redução do quadro funcional em torno de 20%.

A história nos comprova que nas grandes atribulações mundiais e que ocorreram as mudanças que progrediram a humanidade. Digo sempre que crise é sinônimo de oportunidade. E para o PT é a maior a chance de provar que sabe e pode administrar um país e o Presidente Lula eleger seu sucessor.

O momento urge com atitudes coerentes por partes dos sindicatos e empresários, comandadas pela União, que inicialmente terá que cortar na própria carne, reduzindo alíquotas e tributos, além de postergar prazos de pagamentos dos mesmos.

O PT do poder tem de parar de se comportar como se política econômica fosse uma luta do bem contra o mal e propor ações menos populistas e mais consistentes. Caso contrário vou começar acreditar que a astronômica aceitabilidade atingida pelo governo confirma a afirmação de Colton, que um tolo sempre encontra a outro maior, que o admira.

Que JC ilumine a todos

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

SOBRE O BRASIL...

Depois de mais de 15 anos na pauta, com as discussões iniciadas no governo FHC, a agenda das várias reformas institucionais necessárias à modernidade de nosso país, esgotou-se sem ser cumprida umazinha se quer.
O Brasil cartorial, corporativista e populista de uma falsa esquerda mais demagógica que reacionária impediu que ela fosse cumprida.

Nosso sistema tributário é radicalmente injusto e medieval. Somos servos, pagando 70% do que temos para os senhores feudais do governo. Nossa legislação trabalhista não estimula a abertura de frentes de trabalho, muito antes pelo contrário, criam mais medidas populistas, tais como estabilidade para funcionário que esposa ou companheira estiver grávida...

Nosso sistema previdenciário é insustentável a beira da banca rota pagando uma contribuição cada vez mais minguada, enquanto que o dos servidores públicos são tão bem alicerçados (os magistrados que o digam...).

Quanto a educação, não vou perder tempo em descrever o corolário desta missa, que todos nós, em especial o professor universitário Écio Marques, já sabem de cor em latim, hebraico, mandarim e sanscrito!

Além de um conjunto de agências reguladoras que regulam apenas seus interesses, quando nem isso ( Anac, Anatel, etc... podia ter também a Anal para regular o tamanho da *?!* que vai entrando na gente e a Anarquia que terá a função de imoralizar ainda mais nossa pseudomoralizada presidência (Dólar na cueca, Waldomiro, grampos, sanguessugas, José Dirceu, Dona Marta ..."eu não sei de nada").

O fim da reformas coincide com o fim do Lulismo. Um período de grandes avanços graças ao período de progresso desregrado do sistema capitalista liberal. O maior mérito de nosso alcaide é que o mesmo deu continuidade a política FHC e deixou o BC dar as cartas.

Medidas para combater a crise têm-se muitas, mais certamente distribuir dinheiro além de ser a mais fácil, é a mais inconsistente. O momento é para chamar as partes envolvidas: sindicato, governo e empresários; e cada um ceder um pouco. O governo postergar o pagamento de impostos, tal o governador Aécio Neves fez com o IPVA dos caminhoneiros em Minas. Os empresários se comprometerem a manter as vagas e o sindicato negociado os níveis salariais a patamares mais aquecessiveis. Este é apenas um exemplo, existem muitos outros, basta apenas descer do trono e escutar as partes.

Hoje Lula esta como uma estrela com muita luz e seu calor poderá eleger até seu sucessor, que poderá dar continuidade a seu programa social populista... Porém, como disse Chico Buarque: "amanhã vai ser outro dia" e tenho fé que neste dia estas reformas vão ser resgatadas das gavetas das frivolidades e passarão a colaborar valorosamente na potencialidade de nosso país!

Os europeus possuem um sistema tributário, previdenciário e educacional justo. Pagam impostos, mais recebem benefícios reais. Achando que aqui também é assim, é obvio que gostariam de gozar de mais privilégios, tais nosso presidente distribui.
Por este motivo a opinião positiva dos europeus referente ao nosso presidente e seus programas de políticas sociais.

O Brasil precisa urgentemente de mais de 7.500 reformas políticas, mais de 7.500 escolas técnica, mais de 7.500 hospitais públicos, mais decididamente o que não precisamos e de mais 7.500 vereadores... Os que estão ai já dão conta da incompetência!
Que JC ilumine.