sábado, 27 de março de 2010

“Nunca tantos deveram tanto a tão poucos...”

A frase titulo deste artigo foi dita pelo 1° Ministro britânico Winston Churchil (1874/1965), exaltando o heroísmo dos pilotos da RAF que, com seus poucos aviões, digladiaram com as numerosas aeronaves alemãs pelos céus da Grã-Bretanha, durante a II Guerra Mundial. E, se os aviões eram poucos, os pilotos mais ainda. Os abatidos durante as batalhas nos céus, assim que caíam em seus pára-quedas, eram resgatados e levados para alguma pista próxima onde embarcavam em outros aviões, para retornarem aos acirrados combates aéreos.

A estratégia nazista previa invadir o país facilmente após devastar as frágeis defesas aéreas inglesas. Porem não esperavam tamanha bravura, tenacidade e sobretudo, o patriotismo dos defensores. O povo se uniu em prol de um objetivo comum a todos ali: Liberdade; tudo deveria ser feito por um país livre dos facínoras nazistas.

Acredito ser este episodio apropriado para comparar com nosso cenário político atual. O Brasil encontra-se com suas defesas políticas em frangalhos e um deserto de políticos honestos ou pior, incompetentes. Estamos indefesos contra a corrupção que ocupa as diversas esferas dos Três Poderes deste país. O Legislativo só legisla em causa própria. O Judiciário navega em mordomias e atua propositalmente com a agilidade de um paquiderme exausto. O Executivo então nem se fala. É pior que a latrina de uma pocilga. O nosso atual mandatário se auto-proclama o presidente do povo... Do povo dele!

O escritor mineiro Affonso Romano de Sant`Anna, em seu Poema DA MENTE ilustra com propriedade nossa situação atual: ”Há um presidente que mente; Mente de corpo e alma, completa/mente.
E mente de maneira tão pungente, Que a gente acha que ele, mente sincera/mente,
Mais que mente, sobretudo, impune/mente... Indecente/mente. E mente tão nacional/mente, Que acha que mentindo história afora, Vai nos enganar eterna/mente.”

Nossa democracia esta sendo mutilada para se transformar em um regime stalinista com a ingerência do Estado em todos os setores. O Estado não entende nada de política gerencial. Principalmente o PT com seus filiados insanos que nunca trabalharam. Um elevado quinhão de administradores do governo, quando pensam, fede e quando falam excrementam.

É notória a constatação da afirmação do repórter da EXAME, Adriano Silva, que a face institucional do PT, ao longo dos últimos 8 anos, se mostrou muito mais interessada na apropriação pessoal dos bens públicos do que na desapropriação estatal dos bens privados.

Mediante tais razões, o governador Jose Serra devia agir como o povo inglês durante a II guerra mundial e abdicar de sua candidatura, não por incompetência e sim por valores morais e patrióticos, em detrimento de uma chapa composta por Aécio Neves e Ciro Gomes, pois somente esta aliança poderá fazer frente ao nefasto perpetuamento de um estado ditatorial resultante da eleição de Dilma Rousseff.

No século XVI o poeta inglês John Donne (1572/1631), num belo verso de sua obra “Meditações XVII” no qual o escritor americano Ernest Hemingway (1899/1961) deu destaque em seu livro editado em 1940 “Por quem os sinos dobram”, dizia o seguinte: “A morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.

O mesmo Donne, afirmou naquela época que nenhum homem é uma ilha, portanto não esta sozinho e suas ações refletem diretamente no resultado do todo. Assim urge que cada um de nos faça sua parte, pois o final da historia de ontem é impossível alterar, porem mudar o início da historia de amanha, não só podemos como devemos.

Que JC ilumine!