O Alfredo sempre foi uma pessoa muito polida. Dono de uma capacidade especial de interagir com todos a sua volta. Encontrava-se desta vez na plataforma central da estação da capital aguardando o trem de retorno para sua pequena Mirabela da Serra. Escutava atentamente o discurso que lhe dirigia um homem atarracado, muito branco e com um sotaque carregado. Era recém chegado da Rússia e se intitulava comunista. Ufanava-se de boca cheia, que seu sistema político era o melhor do planeta. Discorria com veemência como o regime era justo para o povo:
- A revolução socialista beneficiou a todos, pois trata todos com igualdade. Arrematava o bolchevista.
-Ninguém era proprietário de nada. Esclarecia o cidadão. Tudo era coletivo e devidamente repartido igualmente entre todos.
E os carros? Interrompeu com paciência o Alfredo
– O carro é seu, é meu, e também do vizinho.
E as casas? – Também! A casa pertence a mim, a você e a todos que podem morar nela.
E roupas? – A mesma coisa. Uma para mim, para você e para todos.
Então tudo é divido? – Tudo é divididinho.
Até galinha? – Ahhhh galinha não.
Uai! Por que galinha não? Retrucou espantado o Alfredo.
– Porque galinha eu tenho! Respondeu o polaco, sussurrando e olhando para os lados...
- A revolução socialista beneficiou a todos, pois trata todos com igualdade. Arrematava o bolchevista.
-Ninguém era proprietário de nada. Esclarecia o cidadão. Tudo era coletivo e devidamente repartido igualmente entre todos.
E os carros? Interrompeu com paciência o Alfredo
– O carro é seu, é meu, e também do vizinho.
E as casas? – Também! A casa pertence a mim, a você e a todos que podem morar nela.
E roupas? – A mesma coisa. Uma para mim, para você e para todos.
Então tudo é divido? – Tudo é divididinho.
Até galinha? – Ahhhh galinha não.
Uai! Por que galinha não? Retrucou espantado o Alfredo.
– Porque galinha eu tenho! Respondeu o polaco, sussurrando e olhando para os lados...
Que JC ilumine!