terça-feira, 17 de novembro de 2009

"Quis custodiet ipsos custodes?"

A citação do pensador romano Juvenal (55–127dC.), o mais conhecido dos poetas satíricos, agita a questão de quem pode ser confiável com poder nas mãos e nos faz um questionamento: "Quem guardará os guardiões?" ou "Quem vigia os vigilantes"? Afinal o poder corrompe o coração, como o vinho inebria até as mentes mais sábias.

Todas as suas sátiras apontam uma profunda antipatia contra o sistema totalitário e demonstra quanto é prejudicial e permissivo há cidadania, pois resulta no fim da constituição republicana.

Suas famosas palavras alertam que as pessoas comuns, ao contrario de cuidar da sua liberdade, estão apenas interessadas em "pão e circo" ou seja alimentação e entretenimento. Este produto é ofertado hoje aos brasileiros por governos demagogos, através de uma política populista para ludibriar o cidadão e se perpetuar no poder.

Os mesmos governantes que se elegeram através do regime democrático, e posteriormente com a desculpa de conservá-lo começam a solapar o sistema com atitudes socialistas como descreveu o economista Robert Campos, “socialista é o cara que alardeia intenções e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros..."

Foi assim o inicio de tiranos como Fidel Castro e atualmente Hugo Chavez. Se auto-intitulam os guardiões da liberdade e pregam a necessidade de uma maior autonomia para governar. Calam a impressa, fazem alianças objetivando o clientelismo, deliberam sem importar de dar explicações de suas ações à população e finalmente passam a tratar a oposição como inimigos do estado.

As idéias igualitárias do socialismo sempre conquistaram muitos adeptos, entretanto, na maioria absoluta das vezes, estes mesmos ideais são corroídos pela própria natureza humana e resultando em despotismo. Inexoravelmente a utopia conquista através das emoções, mas na hora dos resultados, a irracionalidade cobra um elevado preço, com juros estratosféricos.

É do que trata o pequeno/grande livro satírico do escritor indiano George Orwell (1903-1950), “A Revolução dos Bichos”, escrito em 1944. A obra desnuda o modelo soviético, fazendo um retrato muito fiel através de bichos do que ocorre de fato com aqueles que renunciam à liberdade em troca de promessas de segurança e terminam sem ambas.

Conta-se que em 390 a.C., os romanos escaparam a uma invasão do exército gaulês porque os gansos que viviam em um dos templos de Roma foram mais espertos do que os sentinelas e começaram a grasnar ao pressentir a aproximação dos soldados inimigos, acordando a guarda romana. É verdade que o trabalho do ganso como vigilante se resume à gritaria, mas é o suficiente para estragar os planos de invasões em surdina.

Atos pequenos denunciam propósitos gigantes. No ultimo 15 de Novembro foi feriado nacional: Dia da Proclamação da República. Não houve nenhuma comemoração. Nenhum pronunciamento oficial. Nenhuma instituição sindicalista ou partidária da esquerda se manifestou. Passou em brancas nuvens...

Em Dezembro, em todo o ocidente comemora-se o Natal, porem na Índia não. Eles são Hindus e não Cristãos. Por que iriam comemorar algo que não acreditam?

Que JC ilumine!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E continua falando Zaratustra...

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) buscou em seu livro “Assim falava Zaratrusta” definir a melhor maneira do ser humano encontrar-se. Embora ateu confesso e afirmar que Deus tenha morrido, curiosamente através de seu personagem, fundamenta sua busca mesmo que inconscientemente na essência dos ensinamentos Cristãos. A obra consagra a comunhão com o superior, a união com um Deus que não seja o tradicional, da religião dogmatizada, mas o próprio homem sublimado pelo bem, pela fraternidade, pelo amor, pelo respeito que lhe permite a evolução constante através de sua reforma intima. Zaratustra prega que devemos entrar em sintonia com a paz e a arte de ver a própria alma, a ponto de superar-se a si mesmo.

Outro exemplo é a seguinte estorinha: Em certo reino, em tempos que já vão longe, o monarca solicitou aos pintores da corte uma obra que representasse a paz, a serenidade, a tranqüilidade. O primeiro pintou uma floresta primaveril, com um celeste maravilhoso acompanhado de um sol radiante. Já o segundo utilizou o mesmo cenário, porem durante uma tempestade avassaladora, com o céu cheio de raios.

O rei ao decidir qual dos quadros mais alinhava com seu pedido, espantosamente escolheu a segunda tela por um pequeno detalhe. O artista ao criar a obra, pintou no meio daquele vendaval, um ninho aconchegado em uma fenda na montanha onde um pássaro calmamente chocava seus ovos, completamente indiferente ao cenário caótico que se passava do lado de fora.

Ele tinha a tranqüilidade de espírito de estar cumprindo sua função naquele momento e mais que isso, a certeza que aquilo passaria e que o sol brilharia novamente.

Assim também é conosco se estivermos tranqüilos em nosso espírito. Independente daquilo ou daquele que queira nos prejudicar. Se ficarmos fora de sua sintonia, em uma freqüência mais alta e diferente, não poderá nos atingir... Mantenha sua paz interior e o mundo será seu!

Já o poeta e dramaturgo Antonio Carlos Vieira, com a singeleza que poucos possuem sintetizou este sentimento em seu alento intitulado A PEDRA:

"O distraído nela tropeçou; O bruto a usou como projétil; O empreendedor, usando-a, construiu; O camponês, cansado da lida, dela fez assento; Para meninos, foi brinquedo; Drummond a poetizou; Já, Davi, matou Golias, e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!”
A diferença em sua vida é você mesmo que faz! Cabe a você aproveitar o melhor de cada pedra que encontrar em seu caminho. Pertence somente a você buscar o discernimento para encontrar o melhor proveito de cada uma delas. Espelhe no exemplo vivo de Jesus a melhor opção...

Que JC ilumine!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ORIGEM DIVINA

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu dar-lhes apenas duas virtudes assim:
- Aos Suecos os fez estudiosos e respeitadores da lei.
- Aos Ingleses, organizados e pontuais.
- Aos argentinos, chatos e arrogantes.
- Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.
- Aos Italianos, alegres e românticos.
- Aos Franceses, cultos e finos.
- Aos Brasileiros, inteligentes, honestos e petistas...
O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém, aos brasileiros foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação aos demais povos da terra?
- Muito bem observado, bom anjo! Exclamou o Senhor.
- Façamos então uma correção: De agora em diante, os brasileiros, povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultâneamente, como os demais povos!
- Assim, o que for petista e honesto, não pode ser inteligente
- O que for petista e inteligente, não pode ser honesto.
- E o que for inteligente e honesto, não pode ser petista!
Palavras do Senhor...
Que JC ilumine!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quo vadis domine?

Conta uma poética lenda, que quando se deu a primeira perseguição aos cristãos em Roma, o apostolo Pedro resolveu deixar a cidade para evitar a morte. Já a alguns quilômetros na via Ápia, apareceu-lhe Cristo carregando sua cruz, indo em direção oposta. E o apostolo perguntou-lhe: “Quo vadis domine?” (Aonde vais, Senhor?)

Ao que Jesus lhe teria respondido: -“Vou a Roma, para ser de novo crucificado, visto que tu a abandonas e ao meu rebanho”. E Pedro, compreendendo seu erro, e arrependido, retornou a Roma para pregar a boa nova.

Essa história pode não ter acontecido, porem a lição aconteceu, algumas vezes, e teima em se repetir constantemente. Sendo que sua ultima versão é a debandada de defensores da honestidade e transparência de nossas instituições publica. Faltam homens de bem com respeito aos bons costumes e consciência Cristã. Urge que cada um de nos comecemos a cobrar uma postura de moralidade das autoridades e governantes deste país, começando por nos mesmos no exemplo de nossa reforma íntima.

Não podemos esquecer que cada qual tem sua parcela de responsabilidade e somos todos semeadores do futuro. Cristo nos alertou que colhemos o que plantamos. Pois bem, plantemos o exemplo da decência, Sejamos caridosos sem sermos complacentes para que não nos tornemos cúmplices da disparidade do caráter.

É necessário iniciarmos a batalha pacífica da intolerância as posturas incorretas. Chega de muito barulho por nada, paráfrase do título do livro de William Shakespeare (1564-1616), homem sem arrogância e grandes pretensões, mais um grande conhecedor da natureza humana. Nesta obra narra-se a visita do Rei de Aragão a Sicilia. Leonato, governador da região, recebe o rei, que vem acompanhado de seus homens de confiança, Benedito e Cláudio. Arredio às mulheres e ao casamento, Benedito chama a atenção da implicante Beatriz, sobrinha do governador. Eles se apaixonam, mas não se dão conta disso, pois vivem trocando farpas. Uma historia cômica de intrigas, traições, ambição e amor, cheia de lances inesperados, mostrando o quanto pode ser ruim, fazer-se tempestade em copo d água.

Façamos como cita Paulo de Tarso em Timóteo II 4.7 e combatamos identicamente o bom combate da injustiça e da ganância, caso contrário incorremos na insandice de travar uma verdadeira batalha de Ásculo, onde em 239 a.C. o exército do Rei Pirro venceu os romanos, com muitas mortes. Os romanos perderam 6000 homens; Pirro perdeu 3500, incluindo muitos dos seus oficiais. Foi uma vitória arrancada a ferros pelo povo epirotas, que veio a ser conhecida nos meios militares como Vitoria Pírrica, significando que foi uma vitória com custos altos demais para ser considerada uma boa vitória. Consta que Pirro teria dito mais tarde: "Mais uma vitória destas e estou perdido."

A que preço queremos um país melhor? Drumond disse que “no meio da rua havia uma pedra”. No caso da caminhada para um país mais humano, há uma montanha de calhordice para remover-se. Hajamos com fé e exemplo Cristão na conquista de um mundo melhor.

Que JC ilumine!