sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E continua falando Zaratustra...

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) buscou em seu livro “Assim falava Zaratrusta” definir a melhor maneira do ser humano encontrar-se. Embora ateu confesso e afirmar que Deus tenha morrido, curiosamente através de seu personagem, fundamenta sua busca mesmo que inconscientemente na essência dos ensinamentos Cristãos. A obra consagra a comunhão com o superior, a união com um Deus que não seja o tradicional, da religião dogmatizada, mas o próprio homem sublimado pelo bem, pela fraternidade, pelo amor, pelo respeito que lhe permite a evolução constante através de sua reforma intima. Zaratustra prega que devemos entrar em sintonia com a paz e a arte de ver a própria alma, a ponto de superar-se a si mesmo.

Outro exemplo é a seguinte estorinha: Em certo reino, em tempos que já vão longe, o monarca solicitou aos pintores da corte uma obra que representasse a paz, a serenidade, a tranqüilidade. O primeiro pintou uma floresta primaveril, com um celeste maravilhoso acompanhado de um sol radiante. Já o segundo utilizou o mesmo cenário, porem durante uma tempestade avassaladora, com o céu cheio de raios.

O rei ao decidir qual dos quadros mais alinhava com seu pedido, espantosamente escolheu a segunda tela por um pequeno detalhe. O artista ao criar a obra, pintou no meio daquele vendaval, um ninho aconchegado em uma fenda na montanha onde um pássaro calmamente chocava seus ovos, completamente indiferente ao cenário caótico que se passava do lado de fora.

Ele tinha a tranqüilidade de espírito de estar cumprindo sua função naquele momento e mais que isso, a certeza que aquilo passaria e que o sol brilharia novamente.

Assim também é conosco se estivermos tranqüilos em nosso espírito. Independente daquilo ou daquele que queira nos prejudicar. Se ficarmos fora de sua sintonia, em uma freqüência mais alta e diferente, não poderá nos atingir... Mantenha sua paz interior e o mundo será seu!

Já o poeta e dramaturgo Antonio Carlos Vieira, com a singeleza que poucos possuem sintetizou este sentimento em seu alento intitulado A PEDRA:

"O distraído nela tropeçou; O bruto a usou como projétil; O empreendedor, usando-a, construiu; O camponês, cansado da lida, dela fez assento; Para meninos, foi brinquedo; Drummond a poetizou; Já, Davi, matou Golias, e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!”
A diferença em sua vida é você mesmo que faz! Cabe a você aproveitar o melhor de cada pedra que encontrar em seu caminho. Pertence somente a você buscar o discernimento para encontrar o melhor proveito de cada uma delas. Espelhe no exemplo vivo de Jesus a melhor opção...

Que JC ilumine!

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