segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A mala nada na lama!

Recentemente um amigo enviou-me um artigo sobre palíndromo, que é uma palavra ou número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, ou seja, da esquerda para a direita e vice-versa. Palavras tais ovo, osso, radar ou Renner. O mesmo se aplica também a frases, conforme o título deste artigo, embora neste caso seja mais difícil esta combinação.

Já na área de exatas, aprendemos a Lei que “as ordens dos fatores não alteram o produto”, apesar de ser enorme a resultante de dormir com “José Maria” ao invés de “Maria José”.

Porem nenhum destes dois conceitos se aplica na seara da política brasileira. Lá é um campo permissivo onde reina o deus romano Janus, que deu origem ao nome do mês de Janeiro, aquele que “olha” para os dois anos, o que passou e o ano novo. Por este motivo era representado por uma figura com duas faces olhando em direções opostas.

Em seu templo as portas principais ficavam abertas em tempos de guerra e fechadas em tempos de paz. De acordo com historia, só foram fechadas duas vezes.Ou seja, quando a situação ficava preta se apelava a ele.

Hoje podemos definir claramente os Janus que se instalaram nos corredores do poder de nossa repluplica exatamente como se instalou em Roma no ano 73 a.C., quando o senador Marcus Tullius Cícero sufocou a conspiração de seu par Lucius Sergius Catilina, clamando a sua indignação no senado romano ou no foro: “Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência?” Perguntou ele várias vezes ao velhaco conspirador que queria apossar-se de um poder a qual não tinha nenhum direito. O tal Catilina, era um traste da pior espécie, quer como homem, quer como político.

Precisamos urgentemente reavaliar a História tão pródiga e generosa, que não só nos dá excelentes lições sobre a atualidade com certos acontecimentos do passado, como a frase deixada por Cícero, fresca e vibrante, como se tivesse acabada de ser pronunciada.
Até quando, senadores catilinas, continuaram abusando do povo Brasileiro? Repetiria nosso herói, recalcitrando-se na cova ao tomar ciência do cenário do Senado Federal

Não se esqueçam que somente a beleza e a mentira não resistem ao tempo e comprovará que com o passar do tempo a situação ficará cada vez mais feia.

Que JC ilumine!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Queime seu navio!

Contam que Francisco Pizarro, o conquistador espanhol, pouco depois de desembarcar com seus homens na América do Sul em 1526, mandou queimar os navios que os tinham levado até lá. Algumas versões atribuem este ato a Hernán Cortez
Na verdade ele estava apenas imitando Julio Cesar que durante sua visita a Alexandria em 48 a.C., colocou fogo em seus próprios navios para frustrar a tentativa de Achillas de limitar a sua capacidade de comunicação por via marítima. O incêndio se espalhou para as docas e depois acidentalmente para a biblioteca de Alexandria.

Cesar ainda, ao desembarcar na Costa Britânica com seu exercito mandou novamente queimar todos os navios que tinham transportando seu exército até o estreito de Dover e que no caso de derrota, seriam indispensáveis para a retirada.

Porem o que importa nestas estranhas atitudes de Cesar e Pizarro era a idéia de incutir nas mentes de suas tropas a máxima, vencer, vencer e vencer.

Os generais sabiam que seus soldados, sem os barcos, dariam suas vidas pela conquista das novas terras descobertas, justamente porque aquela era sua única chance de continuar vivendo.

Assim também somos-nos com nossos hábitos. Quando deixamos o barco dos velhos hábitos ancorado, teremos sempre a opção de desistir e voltar atrás. Os mexicanos têm um ditado que diz: “Renovar ou morrer”! Obvio que é melhor renovar. Porem acreditamos equivocadamente, que o obvio para nos, também será para os outros. Esquecemos que cada ser interpreta o universo pela sua percepção pessoal.

Nos também temos de queimar nossos navios das crenças e dogmas. Se quisermos continuar nossa viagem, não tem problema. Construamos novos, com o material que a nova ilha tem para oferecer e tentemos uma vez mais. Lembre-se de um antigo provérbio chinês que diz o seguinte: “Se você não mudar a direção, terminará exatamente onde partiu.”.

Durante nossa existência terrena, existem apenas dois dias em que nada podemos fazer para mudar. O dia de ontem, afinal o que passou, passou e “Inês é morta” como dizia Roberto Drumond. E o dia de amanha, pois o futuro a Deus pertence. Mais hoje seus atos definirão como será seu amanha. Haja com amor e colherá tolerância. Pratique a paciência e receberá compreensão. Ajude e será ajudado.

Que JC ilumine!