sábado, 31 de julho de 2010

Herrar é umano...

Mais permanecer no erro é tolice. Dizem que o pior cego é o que não quer ver, ditado oriundo de um suposto incidente ocorrido na cidade francesa de Nimes, em 1647, onde o médico Vincent Paul D’Argent realizou o primeiro transplante de córnea com sucesso.

Aconteceu que o paciente de nome Angel, após a intervenção ficou aterrorizado com o mundo que passou a conhecer e solicitou que arrancassem seus olhos novamente, pois o mundo que ele imaginava era muito melhor do que o real.

Já em seu romance de 1995, “Ensaio sobre a cegueira”, o escritor português José Saramago faz uma intensa crítica aos valores da sociedade, e ao que acontece quando a visão falta à população.

Os acometidos por uma ipedemia de “cegueira branca” são agrupados em um manicomio desativado em estado de quarentena. Lá os diversos sentimentos humanos irão se desenvolver sob diversas formas: lutas entre grupos pela pouca comida disponibilizada, compaixão pelos doentes e os mais necessitados, como idosos ou crianças, embaraço por atitudes que antes nunca seriam cometidas, atos de violência, abuso sexual e assassinatos.

Saramago leva-nos nesta obra a refletir sobre a moral, costumes, ética e preconceito numa sociedade consumista e supérflua.

Esta mesma sociedade que o professor e pensador americano Leo Huberman demonstrou a evolução na obra “A Historia da Riqueza do Homem”. Nela esta contida de forma sucinta o desenvolvimento do sistema capitalista do modelo feudal até meados do século passado, mostrando de forma clara e real as transformações sofridas pela sociedade num todo a partir das mudanças econômicas, apontando assim como um sistema de negócios pode diretamente alterar a vida do homem.

O que pode-se tirar de tudo isto, é que o progresso moral não acompanhou a evolução tecnológica, pois mesmo hoje, no tempo da internet, dos megas computadores e das tecnomaquinas, a essência moral do ser humano continua na barbaria. Encontramo-nos distantes dos ensinamentos do Cristo e urge a necessidade de mudar este mundo.

Porem só existe uma só maneira de se mudar o mundo. Devemos mudar primeiro a nos através da reforma íntima. A natureza nos ensina que se colhe apenas aquilo que se planta. Pessoas tolas erroneamente querem plantar o ódio e colher amor. Plantar a intolerância e colher a complacência... Seria a mesma coisa de colher laranja em uma bananeira.

A semeadura é livre, porem a colheita é obrigatória. Pense bem, antes de iniciar o plantio na lavoura de sua vida...

Que JC ilumine!

5 comentários:

  1. Obrigado Hubert, otimo artigo, parabéns, eu já¡ tinha lido esse livro "A Hist. da Riqueza do Homem", muito bom, sugiro que vc compre um livro chamado AS 48 Leis do Poder.... comprei em Manaus, é legal.

    Eugenio Leite

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  2. Olá Hubert!

    Parabéns pelo artigo, pois cada um deles nos serve como apredizado. Enviei a todos meus amigos. Abraços

    Juliana Linhares

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  3. Hubert Bom Dia!

    Muito bom... Gosto demais das suas escritas. Se cada um de nós fizesse um pouquinho, do melhor que temos, não precisariamos procurar tantas coisas que não nos satisfazem. Abraços.

    Rosangela de Oliveira

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  4. É isto ai irmão. Um tio meu assistiu a este filme e elogiou muito. Abraços.

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  5. Prezado Jardim,

    Desculpe-me.
    Devido a minha viagem para Niterói e problemas em meu Micro não pude acessar na oportunidade em que foi encaminhado.
    Valeu muito o envio, excelente artigo.
    Este é um Talento que Deus colocou em sua mente e em seu coração. Continue escrevendo.
    Parabéns.
    Edécio

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