quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Brasil: Um país de tolos!

Sísifo representa na mitologia grega a astúcia e a rebeldia do homem frente aos desígnios do destino. Ele é citado na Ilíada de Homero (século VIII a.C.) e tido como o mais esperto dos homens. Sua façanha mais conhecida é ter aprisionado a morte quando esta veio buscá-lo impedindo assim que por um bom período os homens morressem. Quando a morte foi libertada Sísifo foi condenado ao inferno, antes porem ordenou à esposa que não enterrasse seu corpo. Assim pediu permissão para regressar a Terra e castigar a mulher pela omissão e não voltou ao além-túmulo senão muito velho. Sua audácia, no entanto, fez com que Zeus o condenasse a empurrar eternamente, ladeira acima, uma pedra que rolava de novo ao atingir o topo de uma colina.

Tal Sísifo, cabe aos homens de bem deste país rolar persistentemente morro acima as pedras da retidão, do caráter e da nacionalidade. Sentimentos denominados como espúrios e vis no âmbito de nossa atual autoridade cível. Somos hoje uma nação amoral e não imoral, pois teríamos que ter uma referencia de moralidade para justificar seu desvio e como citou Napoleão (1769-1821) “Todo homem luta com bravura mais pelos seus interesses, do que pelos seus direitos”.

Os princípios éticos e morais segundo o mineiro Vicente Augusto, que nunca completou o primário, mas mestrou-se na universidade da vida, começam com um “não”... Não devo... Não posso... Não é licito... Alem de muitos outros nãos!

O notável Rui Barbosa (1849-1923) encontra-se lamentavelmente atual em seu alerta para o descrédito com a política, as instituições e os valores da sociedade: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Este sentimento causa o fenômeno classificado pelos sociólogos de “ruptura social”, onde a sociedade começa agir desonestamente justificando-se no exemplo de seus governantes.

A solução para reverter este processo é através da educação, mais como afirma o professor e pesquisador do CNPq Afonso Celso Scocuglia o analfabetismo constitui-se no maior fracasso do sistema educacional brasileiro. Devemos questionar suas raízes históricas e o porquê de depois de tantos investimentos e tentativas, os analfabetismos (absoluto, funcional, político, digital e outros) estão ainda longe de serem superados?

A resposta é simples! As estatísticas são manipuladas. Efetivamente nosso sistema educacional é ineficiente. Afinal, a quem interessa um povo com capacidade crítica de discernimento para cobrar seus diretos e exercer seus deveres?

Que JC ilumine.

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