sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Coitadinho do jacaré...

A fábula relata um pato que caminhava cantarolando próximo a uma lagoa quando foi interpelado por um sapo curioso do motivo daquela alegria toda. – Estou me preparando para uma festa no céu.
- Oba! Retrucou o sapo com a boca escancarada.
Ao que arremata o Pato: - Mais quem tem boca grande não entra...
- Coitadinho do jacaré! Responde o batráquio fazendo beicinho para disfarçar a bocarra.

Como a fase da camiseta do Che Guevara não convence mais ninguém e todo parasita necessita de uma ideologia para sobreviver, consequentemente a solução é recorrer-se ao primeiro modelo disponível na prateleira dos supermercados das conveniências. Ou seja, no momento que o patrocínio incondicional da ética e transparência torna-se obsoleto, passa-se a defender a causa da “governabilidade”, a qual permite levianamente que déspotas de plantão se auto-proclamem salvadores da pátria e através de artimanhas e subterfúgios defendam o suposto direito do povo, quando na verdade estão a defender apenas os seus escusos interesses.

É o exemplo da Venezuela, onde o caudilho Hugo Chavez parece andar na contramão do mundo, estatizando empresas, coletivizando propriedades, incentivando levantes e movimentos terroristas. Processo que o Kadafi latino chama de “revolução bolivariana”.

Foi o primeiro a criticar os acontecimentos de Honduras, porem seu patrício Antonio Ledezma, governador do distrito de Caracas e principal líder da oposição vêm ao Brasil pedir que intervenhamos na postura ditatorial de seu presidente. O político denuncia abusos de poder, retaliação política e sequestro de militantes oposicionistas. Não bastasse a criação de uma milícia militar, similar a SS nazista, com um contingente superior ao da própria força armada venezuelana, gasta milhões na aquisição de material bélico russo.

Dinheiro este que deveria ser destinado aos programas sociais de seu povo, já que a ONU apresentou um relatório anual onde a Venezuela ocupa o 58º lugar no ranking que mede as condições de pobreza de um país através do índice IDH, comprovando que a saúde econômica do estado encontra-se na UTI e tende a piorar.

Tal qual a fábula ele tenciona entrar na festa celestial dos países do primeiro mundo nem que para isso tenha que apontar os erros idênticos aos dele, porem cometidos por outros jacarés... É o roto falando do amarrotado, o toucinho falando da banha...

Resta saber por que o Brasil, que é o maior dos menores e menor dos maiores esta entrando na dele. Vaidade? Ambição? Ou burrice?

Talvez a resposta esteja na mitologia grega, através dos ciclopes. Gigantes com extraordinária força física e com um único olho no centro da testa. Presentes na obra Odisséia de Homero (século IX a.C.), possuíam semblantes tristonhos, pois em troca da captura do herói Ulisses, a feiticeira Circe oferece-lhes o dom de enxergarem o futuro, entretanto concedeu-lhes apenas visionarem o dia de suas próprias mortes.

Certamente só os ciclopes é que sabem quando e onde isto vai acabar!

Que JC ilumine!

2 comentários:

  1. Hubert.

    Hugo Chaves, de bobo não tem nada. Ainda vamos ouvir falar muito dele. Talvez ele seja o novo Fidel Castro.

    Abraços.

    Herbert

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  2. Hubert,

    Triste a sina dos ciclopes!!!
    Acho que "No final tudo dá certo... se não deu ainda, porque ainda não é o final"

    bj
    Fátima

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